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Aumento de capital mostra "grande alinhamento" entre EDP e acionistas

O presidente executivo interino da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, disse hoje que o aumento de capital da empresa "foi um sucesso e é demonstrativo do grande alinhamento entre a empresa e os seus acionistas".

Aumento de capital mostra "grande alinhamento" entre EDP e acionistas
Notícias ao Minuto

14:31 - 07/08/20 por Lusa

Economia Miguel Stilwell

"O aumento de capital foi um sucesso e é demonstrativo do grande alinhamento entre a empresa e os seus acionistas. Não só foi integralmente subscrito, como ainda existiu por parte dos acionistas um montante significativo de pedidos adicionais de subscrição de novas ações, tendo a procura ultrapassado a oferta em 2,6 vezes", referiu o presidente executivo interino da EDP, em reação à subscrição total do aumento de capital da EDP, feito na sequência do anúncio da compra da espanhola Viesgo.

A EDP tornou hoje público "que foi totalmente subscrito o aumento de capital social" de 3.656.537.715 euros para 3.965.681.012 euros, "compreendendo a emissão de 309.143.297 ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1,00 euro cada, ao preço de subscrição unitário de 3,30 euros com um ágio [juro] de 2,30 euros por nova ação", pode ler-se no comunicado enviado pela EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No mesmo documento, a elétrica portuguesa assinala que "no exercício de direitos de subscrição foram objeto de subscrição proporcional 289.872.956 novas ações, representativas de cerca de 93,8% do total de novas ações a emitir".

"Os pedidos suplementares de ações sujeitos a rateio [divisão proporcional] totalizaram 501.535.122 ações, excedendo cerca de 26 vezes a quantidade disponível para o efeito", adianta a EDP, completando que "deste modo, a procura total registada no presente aumento de capital representou cerca de 256% do montante da oferta".

Para Miguel Stilwell de Andrade, "este feedback claramente positivo é ainda mais importante no contexto de elevada incerteza económica mundial", algo que orgulha "muito" a empresa e "reforça" a confiança na prossecução de uma "estratégia de liderança da transição energética, assente num crescimento focado, sobretudo em ativos renováveis e redes.".

Vários administradores da EDP e os dois maiores acionistas da elétrica acompanharam com mais de 294 milhões de euros o aumento de capital para a compra da espanhola Viesgo, de acordo com comunicados enviados ao mercado.

Segundo os vários comunicados enviados à CMVM ao longo da última semana, o maior contributo para o aumento de capital veio da China Three Gorges (CTG), que comprou mais de 66 milhões de ações num total de cerca de 220,3 milhões de euros.

O segundo maior acionista, a Oppidum Capital (detém 7,19% do capital), a seguir à estatal chinesa CTG (que detém 21,47%), investiu quase 74 milhões de euros.

No passado dia 15 de julho, a EDP anunciou um aumento de capital em mais de mil milhões de euros para financiar a compra da espanhola Viesgo.

"A transação da Viesgo será parcialmente financiada através de uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões de euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP, com subscrição reservada a acionistas no exercício dos seus direitos de preferência e outros investidores que adquiram direitos de subscrição", de acordo com informação remetida então ao mercado.

O Banco Comercial Português (BCP), a J.P. Morgan Securities plc, o Morgan Stanley & Co. International plc, o BNP Paribas, o BofA Securities Europe SA e o Goldman Sachs International, por seu turno, comprometeram-se a procurar subscritores ou a "subscreverem em seu nome qualquer nova ação não subscrita no âmbito da emissão de ações".

Vários administradores, incluindo o presidente executivo interino, Miguel Stilwell de Andrade, e o presidente executivo suspenso, António Mexia, também subscreveram ações no aumento de capital.

António Mexia encontra-se suspenso de funções na EDP, desde que, em 06 de julho, o juiz Carlos Alexandre decidiu esta medida de coação no processo que investiga os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual.

O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Entretanto, Miguel Stilwell de Andrade foi nomeado presidente interino do Conselho de Administração Executivo da empresa.

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