As perdas devem-se ao impacto da crise da covid-19 e da paralisação dos aviões 737 Max.
Segundo a empresa norte-americana, as vendas no primeiro semestre caíram 25,73% em relação a 2019, atingindo 28.715 milhões de dólares (24.496 milhões de euros).
O presidente executivo da Boeing, Dave Calhoun, explicou ao apresentar os resultados, que a empresa está a adotar medidas "para lidar com o impacto comercial sem precedentes da pandemia", entre elas "ajustar a produção comercial" e "reduzir os níveis de emprego".
Só no segundo trimestre, a empresa perdeu 2.395 milhões de dólares (2.039 milhões de euros), 18,6% menos do que no mesmo período do ano anterior. As receitas desceram 25% para 11.807 milhões de dólares (10.054 milhões de euros).
Além das perdas causadas pela pandemia, a Boeing enfrenta também os efeitos causados pela paralisação dos aviões 737 Max, proibidos de voar desde março de 2019, após dois acidentes aéreos, na Indonésia e na Etiópia, que causaram 346 mortos, o que teve enormes custos para a companhia, que está a trabalhar para que os aparelhos deste modelo voltem a operar em segurança.
A Boeing também anunciou hoje que vai cessar em 2022 a produção de aviões do modelo 747, que as companhias aéreas vão retirando progressivamente das suas frotas.
O "Jumbo Jet" da Boeing, lançado em 1970, pode transportar mais de 600 passageiros em determinadas configurações.