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OCDE e FAO projetam que Brasil será maior produtor de soja do mundo

O Brasil deverá ser o maior produtor de soja do mundo, à frente da Estados Unidos, com uma produção projetada de 140 milhões de toneladas até 2029, segundo uma previsão apresentada hoje por organismos internacionais.

OCDE e FAO projetam que Brasil será maior produtor de soja do mundo
Notícias ao Minuto

16:12 - 16/07/20 por Lusa

Economia SOJA

Numa análise que avalia o mercado agrícola até 2029, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) preveem que a disputa comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e China eleve o Brasil ao patamar de maior produtor de soja do mundo na próxima década.

"Com produção doméstica projetada para atingir 140 milhões de toneladas (MT) em 2029, espera-se que o Brasil seja o maior produtor do mundo, à frente dos EUA, com uma produção projetada de 120 MT até 2029. Juntos, espera-se que esses países representam cerca de dois terços da produção mundial de soja", indicaram as organizações no seu relatório.

Nesse período, "projeta-se que o Brasil será responsável por 42% do total das exportações mundiais de soja", acrescentam.

"Este desenvolvimento é favorecido pelas tarifas adicionais de 25% aplicadas pela China sobre a soja importada dos Estados Unidos. Presume-se que estas tarifas permanecerão em vigor durante todo o período de previsão", indicou a FAO.

Segundo as organizações, o Brasil e os Estados Unidos produzem atualmente quantidades semelhantes de soja (cerca de 115 MT em 2017-2019), mas, na próxima década, o crescimento projetado para o país sul-americano será mais maior do que nos Estados Unidos, principalmente devido à possibilidade da intensidade de cultivo duplo de soja com milho.

Contudo, as entidades apontam uma preocupação com o impacto ambiental da produção da soja, especialmente no que diz respeito a uma potencial ligação entre a desflorestação e o aumento da produção de soja no Brasil e na Argentina.

"Estas preocupações têm motivado o setor privado a incentivar o uso de terras já desflorestadas para novas expansões de área, mantendo-se afastado de desflorestações adicionais. Se forem bem-sucedidas, estas iniciativas voluntárias devem desencorajar a desflorestação adicional de terras pelos produtores de soja", avaliaram as organizações no seu relatório.

De acordo com a FAO e OCDE, o crescimento agrícola tem contribuído, direta ou indiretamente, para a desflorestação.

"As políticas e regulamentações agrícolas e ambientais, a legislação e a falta de vigilância adequada e de capacidade de execução também desempenharam um papel na desflorestação. Assim, qualquer flexibilização das regulamentações ambientais poderá representar um risco de desflorestação", alertaram.

No mês passado, o Brasil registou o maior número de alertas de desflorestação na Amazónia para junho desde o início da sua série histórica, iniciada em 2015.

Em junho foram registados 1.034,4 quilómetros quadrados devastados, número 10,6% superior ao período homólogo de 2019, segundo dados daquela entidade governamental.

No acumulado do primeiro semestre do ano, os alertas dão conta da desflorestação de 3.069,57 quilómetros quadrados da Amazónia, um aumento de 25% em comparação com os primeiros seis meses de 2019.

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