Após ter sido noticiado esta quarta-feira que as alfândegas chinesas baniram as importações de ovelhas e produtos relacionados de Portugal devido a um surto em ovinos na Guarda, o Ministério da Agricultura veio esclarecer a polémica.
Em comunicado, a tutela, através da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), começou por revelar que "Portugal não exporta pequenos ruminantes para a China".
Quanto ao alegado surto epizoótico nas ovelhas, também conhecido como 'Scrapie', o Ministério da Agricultura esclarece que foram detetados dois casos em Portugal: "Um na Cova da Beira, que foi comunicado em dezembro de 2019 à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e outro na Meda, que também foi comunicado este mês à mesma organização, tal como é obrigatório nos termos da legislação", pode-se ler na referida nota.
Em ambos os casos, cerca de 70 animais foram abatidos para garantir que a doença não se espalhava. "Recorde-se que casos de 'Scrapie' clássico detetados em Portugal são muito esporádicos, e que esta é uma doença sob vigilância pelas autoridades portuguesas há vários anos, não existindo qualquer evidência da sua transmissão ao homem", sublinhou ainda a tutela.
A paraplexia enzoótica é uma doença neurodegenerativa fatal que acomete o sistema nervoso de ruminantes, sendo mais comum em ovinos.