Alerta UE. "Milhões de trabalhadores" dependem do plano de recuperação

A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) enviou uma carta aos líderes políticos da União Europeia a lembrar que mais de 60 milhões de trabalhadores dependem do plano de recuperação da UE para escapar ao desemprego, foi hoje divulgado.

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Lusa
15/07/2020 20:05 ‧ 15/07/2020 por Lusa

Economia

CES

A carta da CES, divulgada pela UGT, foi dirigida aos presidentes das instituições europeias e aos primeiros-ministros e chefes de Estado dos 27 países da UE para os incitar a não adiar ainda mais a adoção do pacote de 750 mil milhões de euros necessário para salvar e criar empregos.

"O movimento sindical em toda a Europa apela a todos os chefes de Governo ou Estado da União Europeia para que assumam a responsabilidade coletiva de apoiar o plano de recuperação proposto, de 750 mil milhões de euros, na reunião do Conselho Europeu de 17 e 18 de julho", diz a missiva.

Segundo a CES, que considera crucial o próximo Conselho Europeu, mais de 10% da população da UE depende do fundo de recuperação para evitar ou escapar do desemprego.

A CES lembrou aos líderes europeus que existem atualmente na União Europeia 14,3 milhões de desempregados permanentes, 45 milhões de trabalhadores em regime de trabalho de curta duração e 2,5 milhões de trabalhadores com contratos de muito curta duração, considerando ambos os grupos vulneráveis ao desemprego.

A soma dos desempregados, com os trabalhadores vulneráveis, chega aos 61,8 milhões de trabalhadores.

"Juntas, essas são mais de 60 milhões de razões para lançar um plano de recuperação da UE agora. O plano de recuperação é provavelmente a decisão mais importante a ser tomada pela União Europeia por mais de uma década e não pode ser adiada novamente. Adiar o risco pode levar milhões ao desemprego e a um custo financeiro para os governos, muito mais alto do que financiar a recuperação", afirmou a confederação.

Na carta o secretário-geral da CES, Luca Visentini, e o seu presidente, Laurent Berge, lembram ainda que as previsões para a recessão e para o desemprego continuam a piorar e que, nos primeiros três meses das restrições relacionadas com a covid-19, "o desemprego aumentou em 900.000 em toda a UE, para um total chocante de 14,3 milhões".

"Estes números económicos alarmantes trarão graves consequências sociais e políticas, que advêm de uma situação que já é inaceitável: a desigualdade é demasiado elevada; o salário médio dos trabalhadores em um terço dos países da UE é inferior ao de há dez anos ou, quase o mesmo", considerou a CES.

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