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Venda de cannabis faz disparar cotações de empresas

As ações das empresas ligadas à indústria da canábis tiveram hoje as suas cotações em alta, no dia seguinte ao início da venda livre de marijuana no Estado do Colorado, no oeste dos EUA.

Venda de cannabis faz disparar cotações de empresas
Notícias ao Minuto

06:38 - 03/01/14 por Lusa

Economia Colorado

A progressão mais importante foi registada pela sociedade MediSwipe, que fornece sistemas de pagamento à indústria médica e abriu recentemente uma cooperativa no Colorado para contatar diretamente os atores da fileira da canábis.

A sua ação chegou a estar a valorizar 70% a meio da sessão bolsista, em relação a quarta-feira, um dia depois de terem aberto as primeiras 'coffee shops' no Colorado.

Vinte e cinco cidades deste Estado norte-americano passaram a autorizar a partir de 01 de janeiro a venda legal e limitada de marijuana em cerca de 160 lojas, o que o tornou o primeiro lugar do mundo a fazê-lo livremente para maiores de 21 anos.

A medida resulta da emenda 64, aprovada por voto popular em novembro de 2012 e que legalizou a posse e uso de pequenas quantidades de marijuana (até 28 gramas) para uso médico entre pessoas com mais de 21 anos, assim como a sua produção e venda de acordo com a nova lei.

A MediSwipe procura também implantar-se no Estado de Washington, no noroeste dos EUA, onde o uso recreativo da canábis também foi legalizado, mas que só vai ter os primeiros pontos de venda na primavera.

Outra empresa, a GreenGro Technologies, que fabrica equipamentos usados na cultura da canábis, tinha as ações a subir mais de 50%, para um nível recorde de 6,7 cêntimos de dólar.

A Hemp, que se dedica à cultura industrial da canábis e venda de grãos para fins alimentares, estava a progredir 50%.

Este interesse dos investidores pode ser explicado pelo potencial do mercado de canábis, que poderá vir a valer 10 mil milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros) por ano, dentro de cinco anos, contra cerca de dois mil milhões atualmente, estimou o gabinete de estudos ArcView.

Atualmente, o Estado do Colorado conta com cerca de 500 "farmácias de marijuana para fins medicinais", dos quais 160 podem converter-se em "lojas de marijuana recreativa", embora se preveja que apenas algumas avancem para esta aposta durante o mês de janeiro.

Apesar de em Denver, capital do Estado, já se poder comprar marijuana recreativa, outras importantes cidades, como Aspen, Aurora ou Boulder decidiram não aplicar já a lei.

Denver conta com a primeira diretora executiva para a política da marijuana, Ashley R. Kilroy, nomeada a 20 de dezembro passado e que até ao momento exercia o cargo de diretora interina da Segurança Pública.

Dado que a nível federal a venda e consumo de marijuana é uma atividade ilícita, a planta não pode ser comercializada no aeroporto internacional de Denver.

Entre 2014 e 2015, apenas os responsáveis pela marijuana medicinal poderão vender a substância para fins recreativos e, a partir de 2016, serão concedidas licenças a qualquer centro ou comércio que compra os requisitos estabelecidos por lei.

A aprovação da lei no Colorado lançou um intenso debate nos Estados Unidos sobre as consequências da sua aplicação no Estado.

Estima-se que em todo o Estado do Colorado a venda da marijuana recreativa gere cerca de 70 milhões de dólares (cerca de 51 milhões de euros) em impostos.

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