Leão oficializa revisão do défice, sem "receio" de prever recessão maior
O ministro das Finanças deixou a garantia de que o Governo não terá receio de voltar a 'mexer' nas previsões: "Não teremos nenhum receio, se for caso disso, de alterar as nossas previsões no momento oportuno", afirmou.
© Getty Images
Economia João Leão
O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, oficializou, esta quarta-feira, na Assembleia da República, que o Governo vai rever em alta o défice para 7%, tal como tinha já anunciado, justificando com as alterações ao Orçamento do Estado Suplementar aprovadas pelo Parlamento durante a votação na especialidade.
"O Governo informa o Parlamento que em resultado às alterações à proposta de Orçamento Suplementar aprovadas na Assembleia da República a estimativa do défice para 2020 vai ser agravada em 0,7% do PIB, subindo de 6,3% para 7% do PIB", disse Leão, na audição na Comissão de Orçamento e Finanças.
Porém, deixou a garantia de que o Governo não terá receio de voltar a 'mexer' nas previsões: "Não teremos nenhum receio, se for caso disso, de alterar as nossas previsões no momento oportuno", afirmou o ministro das Finanças.
Ainda sobre o Orçamento Suplementar, Leão sublinhou que é o que "o país precisa", para "fazer face aos problemas económicos e sociais gerados pela crise, mas é um orçamento que se tornou possível devido ao rigor e à credibilidade assegurada, o que permite nesta fase assegurar baixos custos de financiamento do Estado", afirmou.
Acompanhe aqui, em direto, a audição de João Leão.
Na altura em que anunciou que o défice iria ser revisto em alta, na semana passada, o ministro sublinhou que a medida com impacto "mais significativo" no défice prende-se com os pagamentos por conta, que "faz reduzir substancialmente a receita" em 2020, sendo recuperada em 2021.
Na proposta de Orçamento do Estado Suplementar que entregou no Parlamento, o Governo apontava para uma meta de défice de 6,3% em 2020, mas o valor será, assim, revisto para 7%.
Antes disso, já o secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, Tiago Antunes, tinha adiantado esta revisão do défice em alta, o que mostrou que o Governo está mais pessimista relativamente às projeções para a economia portuguesa.
[Notícia em atualização]
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