Sindicatos preocupados com trabalhadores do lar de Reguengos de Monsaraz

A União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE) manifestou hoje "particulares preocupações" em relação à proteção e condições de trabalho dos funcionários do lar de Reguengos de Monsaraz onde surgiu um surto de covid-19.

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Lusa
14/07/2020 17:06 ‧ 14/07/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

Em comunicado, a USDE, afeta à CGTP, realçou que o surgimento do surto e o seu desenvolvimento merece "particulares preocupações", tendo em conta "a proteção da população idosa em lares e os seus trabalhadores e de toda a comunidade".

Com a situação no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), onde surgiu o surto em 18 de junho, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto no Alentejo da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

Este concelho alentejano, segundo a mais recente atualização da situação epidemiológica, divulgada hoje pelo município, tinha, na segunda-feira, 126 casos ativos, 20 curados e 16 óbitos.

"É necessário garantir que aos trabalhadores" das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) são "fornecidos todos os equipamentos de proteção individual e em quantidade suficiente", advertiu a união dos sindicatos.

A USDE sublinhou que é necessário também garantir que "existe o número adequado de trabalhadores por turno nas várias categorias profissionais e um plano de contingência adequado e que a instituição não está sobrelotada de utentes".

Os sindicalistas do distrito de Évora consideraram ainda que "é preciso garantir que os trabalhadores destas instituições têm condições de trabalho adequadas, com vínculos efetivos, horários e salários dignos".

"No caso do lar de Reguengos de Monsaraz, sendo o seu presidente simultaneamente presidente da câmara municipal, mais conhecimento tem obrigação de ter sobre um conjunto de medidas que precisariam de ser tomadas", acrescentaram.

Também o Governo, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo e a Segurança Social, assinalou a USDE, "precisam igualmente de dar mais respostas que defendam a população, os profissionais de saúde e os trabalhadores".

Estas entidades devem assegurar e valorizar as condições de trabalho dos profissionais, realçou a união dos sindicatos, propondo "a necessária regulamentação do subsídio de insalubridade, penosidade e risco".

Portugal contabiliza pelo menos 1.668 mortos associados à covid-19 em 47.051 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

 

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