Israel aprova ajudas financeiras aos trabalhadores após protestos
O Governo de Israel aprovou hoje ajuda financeira destinada aos trabalhadores afetados pela covid-19, isto depois de uma manifestação que no sábado juntou milhares de israelitas e quando o país sofre uma segunda vaga superior em contágio à primeira.
© Reuters
Economia Covid-19
O executivo de Benjamin Netanyahu deu luz verde ao pagamento de ajudas na ordem dos 1.920 euros a trabalhadores independentes, empregados e empresários afetados pela crise pandémica.
Em Israel, desde que a crise relacionada com o novo coronavírus teve início, o desemprego aumentou de menos de 4% em fevereiro para 25% em plena pandemia e, após a reabertura, agora é de 21%, o que corresponde a cerca de 850.000 desempregados.
Os pagamentos aprovados fazem parte de um plano de ajuda anunciado na quinta-feira e que será votado no parlamento na segunda-feira, que deverá aprová-lo, já que a coligação governamental tem maioria.
Além de ajuda específica, o plano também inclui benefícios especiais destinados à área do emprego até junho de 2021, bem como apoios específicos para pequenas e médias empresas.
"Podemos superar a crise do coronavírus, ou pelo menos levar Israel a uma trajetória económica e de saúde que nos permita viver razoavelmente bem no próximo ano. Esse é o objetivo e o primeiro passo", disse hoje o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em comunicado.
O chefe do Governo foi criticado nos últimos dias pela gestão que tem sido feita face à crise pandémica.
No sábado, cerca de 10.000 israelitas manifestaram-se na Praça Rabin, espaço emblemático de Telavive, para exigir mais ajuda económica ao Governo.
A manifestação foi organizada por muitos grupos de trabalhadores, principalmente de independentes, mas também de setores severamente afetadas pela pandemia, como o turismo e o entretenimento.
Israel enfrenta uma segunda vaga ligada ao novo coronavírus, esta considerada mais difícil do que a primeira, o que levou já o Governo a recuar na reabertura de alguns estabelecimentos e a impor novamente restrições como fecho de bares, piscinas, ginásios ou salas de eventos.
As medidas agora anunciadas por Netanyahu, que visam amortizar a crise, podem, no entanto, aumentar o défice do país em 13%, segundo o Banco de Israel, informou o jornal local Haaretz.
As infeções em Israel aumentaram nas últimas semanas para mais de 32.800, e o número de doentes, quase 19.000, excede o número de recuperados, 18.915.
O total de mortos também aumentou para 358.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 565 mil mortos e infetou mais de 12,74 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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