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Fitch vê dívida pública de Moçambique a subir para 106% do PIB este ano

A agência de notação financeira Fitch Ratings estimou hoje que a dívida pública de Moçambique deverá aumentar de 97% em 2019 para 106% do PIB este ano, descendo depois para 104% e 96% nos dois anos seguintes.

Fitch vê dívida pública de Moçambique a subir para 106% do PIB este ano
Notícias ao Minuto

18:04 - 09/07/20 por Lusa

Economia Covid-19

"<span class="nanospell-typo">Projetamos que a dívida pública aumente para 106% do PIB em 2020 face aos 97% de 2019 devido às grandes necessidades de financiamento, à depreciação do metical, que representa apenas 14% do total de dívida e à acumulação de pagamentos atrasados", escrevem os analistas na nota que dá conta da manutenção do 'rating' em CCC.

"As nossas estimativas sobre a dívida incluem as vulnerabilidades originadas pelas empresas públicas ProIndicus e MAM, mas excluem a dívida interna garantida pelo Estado", lê-se na nota que mantém Moçambique no terceiro pior nível de avaliação sobre a qualidade do crédito soberano, abaixo da recomendação de investimento, ou 'lixo', como é conhecido.

As opções de financiamento, diz a Fitch Ratings, permanecem "estreitas", devendo o Governo recorrer aos credores oficiais que recomeçaram a ajuda depois de a terem suspendido em 2016, no seguimento do escândalo das dívidas ocultas, mas ainda assim o recurso a endividamento externo será difícil.

"O Governo vai provavelmente ter dificuldade em aceder aos mercados internacionais de capitais, dado o ambiente global e o facto de ter incumprido nos pagamentos recentemente", escrevem, notando que o mercado interno é ainda frágil para suprir as necessidades do Governo.

As necessidades de financiamento, avaliadas em 12% do PIB, deverão ser cumpridas recorrente a credores oficiais (5% do PIB) que incluem o financiamento de emergência do Fundo Monetário Internacional (FMI), emissão de títulos de dívida pública no mercado interno (3,6% do PIB) e a provável participação na Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), "o que pode aliviar as necessidades de financiamento em 1,4% do PIB", sendo o restante obtido com recurso a capital próprio do país.

Para a Fitch, Moçambique não vai deixar de pagar as prestações dos títulos de dívida em moeda estrangeira (Eurobonds), estando "a discutir uma possível reestruturação da dívida para além da DSSI com credores oficiais bilaterais", mas "um programa de médio prazo com o FMI pode melhorar as condições de financiamento", concluem os analistas.

O número de mortos em África devido à covid-19 subiu hoje para 12.206, mais 251 nas últimas 24 horas, em cerca de 522 mil casos, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados subiu para 522.104, mais 14.018 nas últimas 24 horas, enquanto o número de recuperados é hoje de 254.361, mais 9.293.

Moçambique conta 1.071 infetados e oito mortos.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 545 mil mortos e infetou mais de 11,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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