INE moçambicano rebate críticas e mantém deflação de maio
O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique reafirmou hoje a deflação que apurou em maio, depois de ter sido considerada "errada" por uma organização da sociedade civil, assegurando que se orienta por padrões internacionais.
© Lusa
Economia INE
Numa análise publicada em junho, o Centro de Democracia e Desenvolvimento (CDD), organização não-governamental moçambicana, considerou que o INE cometeu "um erro" que resultou na deflação de 0,6% apurada em maio, pedindo ao organismo esclarecimentos da situação.
Numa nota que divulgou hoje, o INE referiu que analisou a contestação às suas contas sobre os preços em maio, mas mantém "a deflação publicada".
"O INE dispõe da metodologia de cálculo do IPC [Índice de Preços no Consumidor] padronizada e reconhecida internacionalmente", salientou o comunicado.
A metodologia, prosseguiu a nota, avalia cabazes de bens e serviços por províncias e recolhe os preços correspondentes.
O apuramento dos preços é feito através das respostas obtidas no Inquérito aos Orçamentos Familiares, explicou o instituto.
O grupo-alvo para a recolha de preços para o cálculo do IPC abrange lojas, mercados e escolas, lê-se na nota.
Em relação à crítica do CDD de que não teve em conta a substituição de serviços por outros nos cálculos de maio, devido à pandemia de covid-19, o INE sublinhou que "a substituição de produtos é feita quando há ausência do produto inicialmente escolhido e obedece a critérios de proximidade de produtos".
Por outro lado, continuou o INE, está a decorrer o Inquérito Sobre o Impacto da Covid-19 nas empresas e será com base no mesmo que se aferirá a redução ou aumento do volume de negócios nas instituições.
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