Lucros consolidados da Estoril Sol caíram 10% em 2019
Os lucros consolidados da Estoril Sol, que detém casinos em Portugal, caíram 10% em 2019 para 14,5 milhões de euros, em termos homólogos, segundo o relatório e contas do grupo, publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Economia Resultados
Deste valor, 9,9 milhões de euros pertencem aos acionistas e o resto a interesses que não controlam.
"A quebra dos resultados do grupo, ainda que positivos, deve-se sobretudo ao decréscimo das receitas do jogo físico e à fiscalidade que incide sobre o mesmo, nomeadamente pela aplicação da tabela das contrapartidas mínimas anuais, que em 2019 originou o registo de perdas por imparidade no valor da Concessão de Jogo da Póvoa de Varzim", justificou o grupo no documento hoje divulgado.
Apesar disso, "estes efeitos negativos foram amenizados pela melhoria significativa dos resultados das operações 'online', ainda assim insuficientes para evitar a depreciação dos resultados globais apresentados pelo grupo Estoril Sol", indicou.
A empresa contabilizou ainda um crescimento de receitas brutas de jogo de 2,3%, tendo atingido 231,1 milhões de euros.
"Para este aumento contribuíram as receitas de jogo 'online', que ascenderam a 38,7 milhões de euros em 2019, um crescimento de 32% e já representam aproximadamente 17% do total de receitas de jogo do grupo", avançou a Estoril Sol.
Estas receitas, deduzidas de impostos sobre o jogo, "traduziram-se em 111 milhões de euros, um aumento de 3,8% face aos 107 milhões de euros alcançados em 2018", de acordo com o relatório e contas.
Por outro lado, as restantes receitas da empresa, "de restauração e animação, apresentaram um decréscimo de 11%, tendo totalizado 9,3 milhões de euros", indicou a Estoril Sol.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) aumentou 2,6%, impulsionado pelas receitas de jogo, e atingiu em 2019 os 38,9 milhões de euros, de acordo com o grupo.
A Estoril Sol estima um impacto elevado na sua atividade da pandemia de covid-19.
"Embora uma leitura mais precisa da realidade futura só possa começar a ser apreendida alguns meses após a reabertura dos casinos [...], não será surpreendente que essa quebra de atividade se possa vir a cifrar em cerca de 50% nos primeiros meses após a reabertura", disse a empresa.
O reequilíbrio dos contratos de concessão, pelo qual "as concessionárias têm vindo justificadamente a lutar desde há quase uma década, assume nesta fase um sentido mais crítico", indicou a empresa.
"É importante que o Governo, em coerência com posição já formalmente tomada em relação a outro setor de atividade, possa, finalmente, vir a acolher a justeza das pretensões das concessionárias de jogo. Esta seria, aliás, a oportunidade para rever igualmente alguns aspetos da chamada Lei do Jogo que necessitam de ser atualizados e melhorados", apelou o grupo.
A Estoril Sol detém duas concessões de jogo (Estoril e Póvoa de Varzim) e três Casinos (Estoril, Lisboa e Póvoa), que em conjunto representam cerca de 61% do setor em Portugal.
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