África do Sul com recessão de 2% mesmo antes da pandemia
A economia da África do Sul registou uma contração de 2% no primeiro trimestre deste ano, cumprindo nove meses consecutivos de quebra antes de sofrer o impacto da pandemia de covid-19, que deverá aprofundar o crescimento negativo.
© Reuters
Economia Covid-19
De acordo com os dados do instituto de estatísticas local, citado pela agência de notícias espanhola Efe, a economia mais industrializada do continente africano registou quebras de 1,4% e de 0,8% nos dois últimos trimestres do ano passado, antes de a pandemia de covid-19 aprofundar as debilidades já existentes.
Os dados hoje conhecidos são revelados quase uma semana depois de o Governo apresentar novas previsões para a economia, revistas para levar em conta o impacto das medidas de isolamento social e de confinamento, aprovadas em 26 de março.
De acordo com o ministro das Finanças, a África do Sul vai sofrer a pior crise dos últimos 90 anos e deverá ver o Produto Interno Bruto (PIB) cair 7,2% este ano.
O défice das contas públicas vai alargar-se para 15,7% do PIB, ao passo que a dívida pública subirá para 87,4% da riqueza nacional, e o desemprego no primeiro trimestre alargou-se para mais de 30%.
Na segunda-feira, na apresentação da atualização das previsões económicas para a África subsaariana, o Fundo Monetário Internacional atualizou a previsão de crescimento para o país, antecipando agora uma quebra de 8% no PIB, uma degradação face aos 5,8% antecipados em abril.
O número de mortos em África devido à covid-19 subiu para 9.657, mais 173 nas últimas 24 horas, em mais de 382 mil casos, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.
A África Austral regista o maior número de casos (143.590) e contabiliza 2.524 mortos, a grande maioria concentrada na África do Sul, o país com mais infetados em todo o continente (138.134) e que regista 2.456 vítimas mortais.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 505.500 mortos e infetou mais de 10,32 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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