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5G: Altice não reconhece 3 de julho como data final da consulta pública

O presidente executivo da Altice Portugal disse hoje à Lusa que não reconhece 03 de julho como data final da consulta pública sobre o leilão do 5G, apontando que o decreto-lei que suspendeu o processo continua em vigor.

5G: Altice não reconhece 3 de julho como data final da consulta pública
Notícias ao Minuto

19:00 - 25/06/20 por Lusa

Economia 5G

Em 01 de junho, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou a retoma do procedimento da consulta pública do projeto de regulamento do leilão para a atribuição das licenças 5G, adiantando que este termina em 03 de julho.

"Não reconhecemos a data de 03 de julho como uma data final do processo de consulta pública", afirmou Alexandre Fonseca, no final da apresentação do novo posicionamento e nova companha da Meo, 'Liga-te de novo. Liga-te à vida', que decorreu em Picoas, Lisboa.

"A Altice Portugal pauta-se pelo cumprimento escrupuloso da lei e a lei é clara: o decreto-lei que suspendeu os processos de consulta, nomeadamente o processo de consulta do 5G, [...] está em pleno vigor" e "nós inclusivamente solicitámos já esclarecimentos ao Governo", acrescentou o gestor.

Questionado sobre se o processo de migração da TDT terminar em dezembro condiciona a realização do leilão este ano, Alexandre Fonseca disse que não. "O leilão já poderia ter acontecido, antes de mais se não tivessem existido os atrasos iniciais por parte da Anacom", prosseguiu, apontando que este pode ser realizado porque se trata de "um processo administrativo".

"O que tem é de ser cumprida a lei, além disso penso que todos nós ficámos com uma perfeita noção, nestes dois, três meses" de pandemia "de que na nossa vida as prioridades mudaram", apontou.

"O mundo mostrou-nos que as redes de fibra ótica e a rede 4G funcionam, mostrou que, apesar dos crescimentos enormes do tráfego que verificámos, as redes responderam de forma positiva e imaculada" e que agora "temos vontade de voltar à vida normal".

No entanto, "para isso é fundamental que estejam garantidos investimentos na área da saúde, da educação, da segurança das pessoas, o mundo hoje, em junho de 2020, é diferente do mundo em fevereiro de 2020 e é importante percebermos quais são as prioridades", sublinhou.

"Hoje para mim, enquanto cidadão português, enquanto gestor, o 5G não é uma prioridade", salientou, dando o exemplo que na próxima semana vai estar no hospital de Coimbra a dar sistemas de videoconferência.

"Para mim é muito mais importante hoje garantir que os hospitais portugueses têm meios tecnológicos para estar em contacto, quer os clínicos, quer os doentes internados, com as suas famílias, do que investir em 5G", acrescentou o presidente da Altice Portugal.

"É esta a importância que temos de dar: prioridade à transição digital", disse, considerando "fantástico" o plano de transformação digital do Governo.

"Acho que faz todo sentido para um país como Portugal", disse, recordando que anda "há três anos a dizer que Portugal precisa efetivamente de dar um salto qualitativo do ponto de vista da transição digital do seu tecido empresarial e da sua sociedade".

O 5G "é uma tecnologia muito importante, mas é muito importante colocada na respetiva perspetiva e na ordem de prioridades correta face a outros investimentos que o país tem de fazer", rematou.

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