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Exportações sobem 3,5% e importações 6,4% para valores recorde em 2019

As exportações aumentaram 3,5% e as importações de bens subiram 6,4% em 2019, para 59.895 e 80.287 milhões de euros, respetivamente, atingindo os valores mais elevados da série das Estatísticas do Comércio Internacional do INE.

Exportações sobem 3,5% e importações 6,4% para valores recorde em 2019
Notícias ao Minuto

13:27 - 09/06/20 por Lusa

Economia INE

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta evolução representa, ainda assim, uma desaceleração face ao acréscimo de 5,1% das exportações e de 8,3% das importações registado em 2018.

A evolução quer das exportações, quer das importações no ano passado foi sobretudo resultado do comércio intra-União Europeia (+4,4% nas exportações e +7,1% nas importações), dado que as exportações para os países extra-UE apenas cresceram 0,8% e as importações originárias de países terceiros se ficaram pelos 4,2%.

Já as exportações e importações para o conjunto dos países pertencentes à zona euro aumentaram 4,8% e 6,6%, respetivamente (+8,2% e +7,7% em 2018, pela mesma ordem).

Em 2019, o défice da balança comercial de bens atingiu 20.391 milhões de euros, um aumento de 2.802 milhões de euros face ao ano anterior (mais 2.919 milhões de euros em 2018).

De acordo com o INE, "esta evolução desfavorável deveu-se sobretudo às transações com os países intra-UE", zona onde o défice da balança comercial aumentou 2.142 milhões de euros, tendo atingido 15.376 milhões, em resultado do aumento das importações ter sido superior ao aumento das exportações.

"As trocas de bens com a zona euro contribuíram de forma mais significativa para esta evolução", nota o instituto, segundo o qual, apesar da evolução negativa, as transações com o conjunto dos restantes países da UE continuaram a observar um excedente, que atingiu 811 milhões de euros em 2019.

Os países que mais contribuíram para o crescimento global do défice da balança comercial de bens foram França, China e Nigéria.

No ano passado, as importações extra-UE cresceram mais do que as exportações extra-UE, resultando num aumento de 660 milhões de euros do défice nas trocas de bens com os países terceiros, tendo o défice da balança comercial extra-UE totalizado 5.015 milhões de euros.

Em termos dos bens transacionados, segundo a Classificação por Grandes Categorias Económicas (CGCE), de todas as categorias exportadas apenas os 'combustíveis e lubrificantes' registaram um decréscimo em 2019 (-8,9%, contrariamente ao verificado nos dois anos anteriores), sobretudo devido ao comportamento dos preços nos mercados internacionais.

O 'material de transporte' foi a categoria que mais contribuiu para o aumento global das exportações, registando um aumento de 13,6%, principalmente devido ao aumento das exportações de 'veículos e outro material de transporte' para Alemanha e Espanha, que ainda assim desacelerou face ao acréscimo do ano anterior (+17,6%).

No que se refere às importações, todas as categorias da CGCE registaram aumentos em 2019, exceto os 'combustíveis e lubrificantes', sendo que o 'material de transporte' foi a categoria que mais contribuiu para o crescimento global das importações, com um aumento de 23,2% (+10,5% em 2018), sobretudo em resultado do crescimento verificado nas aquisições de 'veículos e outro material de transporte' provenientes de França.

Contrariamente ao observado nos dois anos anteriores, as importações de 'combustíveis e lubrificantes' registaram um decréscimo, diminuindo quatro milhões de euros face a 2018 (correspondente a uma variação nula em taxa).

Em 2019, os 'fornecimentos industriais' foram a principal categoria exportada e importada.

Em termos de mercados, a Alemanha foi o mercado que mais contribuiu para o aumento global das exportações portuguesas no ano passado, registando uma subida de 7,1%, resultado principalmente dos 'veículos e outro material de transporte'. Este país permaneceu como terceiro principal destino dos bens nacionais, com um peso de 12,0% (+0,4 pontos percentuais face a 2018).

As exportações para França registaram o segundo maior aumento em 2019 (+6,0%), principalmente devido aos 'veículos e outro material de transporte', tendo-se este mercado mantido como segundo principal destino dos bens nacionais, com um peso de 13,0% (+0,3 pontos percentuais face a 2018).

Verificaram-se também "acréscimos significativos" nas exportações para o Canadá (+75,5%), Espanha (+1,7%) e Itália (+9,2%), sobretudo devido aos 'veículos e outro material de transporte' e, no caso de Espanha, destacaram-se ainda mais as exportações de 'máquinas e aparelhos'.

Em sentido contrário, realce para a redução das exportações para Angola (-18,1%), Tunísia (54,2%) e Argentina (-62,7%), nestes dois últimos casos representando uma inversão de tendência face ao ano anterior, dado que as exportações para Angola já tinham apresentado a maior diminuição em 2018.

Em 2019, os principais clientes externos de Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha, responsáveis por quase metade das exportações totais (49,8%, +0,3 pontos percentuais face a 2018). Os Estados Unidos permaneceram como o principal destino fora da UE (5.º na globalidade dos países), mantendo o peso de 5,0%.

Face a 2018, as únicas alterações registadas na ordenação dos 10 principais países de destino em 2019 foram a troca de posição entre a Bélgica e Angola (8.º e 9.º principais clientes em 2019, respetivamente) e a ascensão da Polónia a 10.º principal cliente (11.º em 2018), por troca de posição com o Brasil.

No que se refere às importações, o país que mais contribuiu para o crescimento registado foi a França, aumentando 35,8% devido ao "acréscimo muito significativo" na aquisição de 'veículos e outro material de transporte', maioritariamente aviões, tendo-se este país mantido como terceiro principal fornecedor de bens a Portugal, com um peso de 9,8% (+2,1 pontos percentuais face ao ano anterior).

As importações provenientes de Espanha registaram o segundo maior aumento (+2,8%), tendo o país vizinho permanecido como principal fornecedor (peso de 30,4%, -1,1 pontos percentuais face a 2018), e a terceira maior subida registou-se nas importações provenientes da China (+25,7%), sobretudo nas 'máquinas e aparelhos'.

Já as maiores diminuições verificaram-se nas importações originárias do Cazaquistão (-72,5%), Guiné Equatorial (-63,8%) e Rússia (-15,6%), essencialmente de 'combustíveis minerais'.

A Espanha, Alemanha e França responderam, no seu conjunto, por 53,5% das importações totais (+0,5 pontos percentuais face a 2018) e a China continuou a ser o principal fornecedor Extra-UE (6.º na globalidade dos países), com um peso de 3,7%.

Face ao ano anterior, não se verificaram alterações no 'ranking' dos 10 principais mercados fornecedores de bens a Portugal.

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