Programa de Estabilização: Restaurantes com medidas "muito insuficientes"
A associação nacional de restaurantes portugueses PRO.VAR classificou hoje de "positivas", mas "muito insuficientes" as medidas do Programa de Estabilização Económica e Social para a restauração sobreviver à crise provocada pela pandemia.
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Economia Covid-19
"As medidas apresentadas são positivas, mas ainda muito insuficientes. Continuaremos a trabalhar para influenciar o Governo a tomar as melhores opções e medidas que permitam às empresas sobreviverem a esta grave crise que está a afetar de forma muito particular o setor da restauração. (...) Lamentamos por isso, que não tenham ido mais longe", lê-se num comunicado enviado hoje à comunicação social.
O Programa de Estabilização Económica e Social, que vai vigorar até ao fim do ano, enquadrará o futuro orçamento retificativo, que o Governo deverá aprovar em nova reunião de Conselho de Ministros, na próxima terça-feira.
A PRO.VAR defende, por exemplo, a redução do IVA de 13% para os 6% nas comidas, a atribuição por parte do Governo de uma verba de 50 milhões de euros, para apoio à criação de programas de incentivo ao consumo, como a criação de 'vouchers' ou o apoio à promoção do setor, apoio às rendas, no período da pandemia com a implementação de um novo modelo de cálculo de renda
A PRO.VAR congratulou-se, contudo, pelo "reforço das linhas de financiamento à tesouraria e ao Programa Adaptar", e diz que aguarda "melhor e maior detalhe" sobre o reforço anunciado das medidas de capitalização para assegurar a liquidez das empresas, um fundo que consideram que pode ser "muito importante se responder rapidamente às necessidades das empresas".
A Associação apelou à "sensibilidade de todos" e assume que o setor da restauração "está a atravessar o pior momento de sempre", porque os estabelecimentos abriram, mas na sua maioria "não conseguem faturar o suficiente para fazer face às despesas".
Um inquérito realizado pela PRO.VAR ao setor da restauração entre os dias 14 de abril e 10 de maio indicava que 53% das empresas que responderam que se candidataram às linhas bancárias covid-19, principalmente as "grandes e médias empresas" e que "metade das microempresas e pequenas empresas não estão a ter acesso a nenhum apoio das linhas", sendo que 63% não consegue pagar as contas".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 395 mil mortos e infetou mais de 6,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.465 pessoas das 33.969 confirmadas como infetadas, e há 20.526 casos recuperados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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