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Brasil e EUA querem duplicar comércio bilateral nos próximos cinco anos

Brasil e Estados Unidos querem duplicar o comércio bilateral num período de cinco anos, numa altura em que a cooperação económica está "melhor e mais profunda", concordaram hoje os embaixadores Todd Chopman e Nestor Forster.

Brasil e EUA querem duplicar comércio bilateral nos próximos cinco anos
Notícias ao Minuto

23:19 - 04/06/20 por Lusa

Economia EUA/Brasil

A relação bilateral entre Brasil e EUA é "madura, histórica, larga e profunda, mas ainda pode ser desenvolvida", porque o comércio bilateral representa 105 mil milhões de dólares por ano (quase 93 mil milhões de euros), disse hoje o embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Todd Chopman, numa videoconferência promovida pelo Atlantic Council (Conselho Atlântico).

Nestor Forster, encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Washington, concordou com a meta e acrescentou que o "objetivo final" é um acordo de livre comércio, para o qual continuam a trabalhar.

Segundo o representante brasileiro nos Estados Unidos, os dois países devem "livrar-se de ineficiências" e criar "uma janela" de transparência para as importações e exportações.

Um dos passos a seguir para as duas economias é eliminar a dupla tributação, defendeu Nestor Forster.

O diplomata brasileiro sublinhou, no entanto, que o "acordo económico mais significativo" que o Brasil pode fazer é dentro do próprio país, ao "reduzir custos de criar negócios".

Nestor Forster declarou que o Brasil poderá realizar a reforma tributária mais importante até final deste ano.

Para Todd Chopman, o valor do comércio entre Brasil e EUA pode aumentar para o dobro (210 mil milhões de dólares) em cinco anos, um "objetivo muito ambicioso", mas possível, sendo necessário um crescimento de 40% por ano.

Para chegar a estes valores, o embaixador norte-americano quer "melhorar o clima dos negócios no Brasil, torná-lo mais atrativo para o investimento e reduzir custos", e acordos comerciais e económicos, que estão a ser trabalhados.

Os dois embaixadores declararam, na conferência moderada pela diretora do centro latino-americano do Atlantic Council, Roberta Braga, que a amizade e aliança entre Brasil e EUA estão "mais fortes que nunca", mesmo durante a pandemia de covid-19.

Todd Chapman disse que chegou a Brasília em finais de março com uma "agenda expansiva" a vários níveis, como da economia, educação ou saúde.

"Mas com a pandemia de covid-19, trabalhar na situação da saúde tornou-se na minha primeira, segunda e terceira prioridades", disse o embaixador norte-americano, explicando que tem de trabalhar com 1.500 pessoas na missão norte-americana e servir os 275 mil residentes norte-americanos no Brasil.

Segundo Todd Chapman, os dois governos querem um "ambiente económico melhorado" em novas áreas, como tecnologia financeira, comércio digital ou novas infraestruturas, para juntar às já "enormes relações em manufatura, setor financeiro e agricultura".

O encarregado de Negócios da embaixada do Brasil nos Estados Unidos declarou que existe uma "cooperação constante a todos os níveis", proporcionada pela pandemia, nomeadamente em pesquisas científicas, vacinas, testagem e terapias.

Nestor Forster indicou que 2022 será um marco importante para os brasileiros, o 200.º aniversário da independência do país e pediu celebrações "simbólicas" em conjunto com os EUA, por exemplo uma experiência científica que una os hemisférios norte e sul, além de uma colaboração mais forte entre as "duas maiores democracias do ocidente".

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