Medidas de emergência "mitigaram" efeitos de uma crise profunda
O primeiro-ministro considerou hoje que o conjunto de medidas de emergência adotadas pelo Governo para responder aos efeitos da pandemia de covid-19 permitiu mitigar os efeitos de "uma crise económica e social profunda".
© Getty Images
Economia António Costa
António Costa defendeu esta posição em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros que aprovou o Programa de Estabilização Económico de Social e que vai vigorar até ao final do ano.
Para sustentar a sua tese, o primeiro-ministro começou por referir que, nos últimos três meses, "aumentaram em 100 mil o número de portugueses desempregados", e neste período cerca de 800 mil postos de trabalho entraram em situação de 'lay-off'.
"Os últimos indicadores que temos indicam, em primeiro lugar, que 92% das empresas portuguesas já retomaram a sua atividade, embora a níveis claramente inferiores aos de fevereiro. O número de desempregados, que aumentou 90 mil em março e abril, em maio registou já um crescimento de 16 mil", alegou.
De acordo com este conjunto de dados avançados pelo primeiro-ministro, o número de empresas que tinha obtido 'lay-off' "num primeiro momento era 110 mil, mas agora só 75 mil requereram a sua programação".
"Isto indicia que dos 804 mil trabalhadores cobertos por 'lay-off' teremos agora seguramente um número já inferior. E que também dos 188 mil trabalhadores independentes e informais que estavam a ser apoiados só 112 mil requereram a prorrogação deste regime", apontou.
Na perspetiva do primeiro-ministro, estes indicadores "significam que as medidas adotadas tiveram também a capacidade de controlar o crescimento exponencial da crise económica e da crise social".
Porém, ressalvou António Costa, "ao contrário do que acontece com a covid-19, o problema da crise económica e social "é uma doença mais profunda e será mais longa a sua recuperação".
"É por isso essencial que, desde já, procuremos estabilizar as expectativas das famílias, das empresas, dos cidadãos, para cada um saber aquilo com que pode contar. E depois desta fase em que Governo e Assembleia da República foram adotando várias medidas no âmbito da resposta de emergência possamos agora ter estruturado um Programa de Estabilização Económico e Social que vigore até ao final deste ano e que nas suas dimensões diversas procure responder àquilo que é essencial: Apoiar as empresas nesta fase difícil, sustentar o emprego e apoiar os rendimentos das famílias", justificou.
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