Joaquim Gervásio, dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal), disse à agência Lusa que os seis escalões remuneratórios mais baixos da EDP vão ter aumentos salariais superiores a 1%, que em média chegam aos 80 euros.
Assim, o salário mais baixo praticado pela empresa vai passar dos atuais 851 euros para os 1.000 euros.
Ao mesmo tempo, o salário mais baixo da carreira de engenharia passa para os 1.500 euros, o que corresponde a um aumento de cerca de 110 euros.
A última reunião negocial entre os sindicatos e a EDP realizou-se na quarta-feira.
Três das 10 estruturas sindicais participantes pediram algum tempo para avaliar a proposta, entre as quais a Fiequimetal, que entretanto já manifestou a sua concordância.
Estes aumentos salariais, retroativos a janeiro, têm como contrapartida a perda de um prémio anual de 200 euros.
Joaquim Gervásio disse à Lusa que a EDP justificou que o prémio deste ano foi diluído na distribuição de resultados que ocorreu recentemente.
A EDP, quando realiza a sua assembleia-geral anual para distribuição de dividendos aos acionistas, tem por hábito atribuir pelo menos meio salário a todos os trabalhadores que tenham uma avaliação positiva, explicou o sindicalista.
O dirigente da Fiequimetal disse que o que levou esta federação a aceitar a proposta da EDP foi o facto de ela fazer crescer mais os salários mais baixos e de prever a negociação posterior de várias matérias pendentes, relacionadas com regalias e carreiras.
A Fiequimetal tinha começado por reivindicar um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores e no decorrer das negociações baixou esse valor para os 80 euros.