Moçambique "bem encaminhado" para cobrir défice orçamental face à Covid
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que o país está "bem encaminhado" na mobilização de um total de 700 milhões de dólares (630 milhões de euros) necessários para cobrir o défice orçamental face à pandemia da covid-19.
© Lusa
Economia Coronavírus
"O Governo está bem encaminhado na sua meta", disse Filipe Nyusi, citado numa nota da Presidência da República distribuída hoje à imprensa.
O Presidente moçambicano falava, em videoconferência, num debate organizado pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pelo primeiro-ministro da Jamaica, Andew Holness, e pelo secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, juntando vários chefes de Estado para debater "financiamentos na era da covid-19".
Segundo Filipe Nyusi, apesar dos desafios que o período apresenta, o Governo moçambicano continua concentrado nas metas que definiu a médio e longo prazo, destacando os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU.
"O desempenho económico é fundamental para este programa e para os ODS, estamos fortemente empenhados em mitigar o impacto do coronavírus sobre o setor privado, para assegurar que continue a flutuar e esteja, novamente, no bom caminho, logo que o país volte ao normal, depois da pandemia da covid-19", afirmou.
O apoio de 700 milhões de dólares foi pedido pelo Governo aos parceiros em 23 de março para cobrir o buraco fiscal provocado pela pandemia no Orçamento do Estado (OE) de 2020, bem como para financiar o combate à doença e dar apoios para os mais pobres.
"A contribuição dos parceiros de desenvolvimento, que se junta aos esforços dos moçambicanos comprometidos com o aumento da produção e da produtividade, é fundamental para a estabilidade macro", frisou o chefe de Estado moçambicano.
Do total, o país já recebeu os 309 milhões de dólares (278 milhões de euros) do Fundo Monetário Internacional e, segundo o executivo, vários outros parceiros já manifestaram a intenção de apoiar o país, com destaque para o Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e a União Europeia.
Com um total de 234 casos registados e dois óbitos devido à covid-19, Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril até finais de junho, após duas prorrogações.
Na semana passada, o primeiro-ministro do Canadá conversou ao telefone com o Presidente Nyusi e realçou a importância de uma liderança global na direção de um mundo mais justo e inclusivo para todos no combate à pandemia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 362 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,4 milhões de doentes foram considerados curados.
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