Federação do Porto do PS defende regresso do Estado à gestão dos CTT
A Federação Distrital do Porto do PS defendeu hoje o regresso do Estado à gestão dos CTT com críticas à atual administração privada da empresa dos Correios e a manifestação de apoio aos trabalhadores em greve.
© Global Imagens
Economia CTT
Em comunicado, os socialistas acusam a administração dos CTT de "comportamento traiçoeiro" e de aproveitar "a pandemia para prejudicar os trabalhadores" e referem que "é esta mesma administração que tem posto em causa o cumprimento das obrigações de serviço público da empresa, encerrando postos dos CTT e diminuindo a qualidade do serviço".
"Tudo isto são consequências da privatização dos CTT concretizada pelo Governo PSD/CDS nos anos da troika. Fica cada vez mais claro que o interesse nacional impõe a participação do Estado no capital da empresa", defende a federação do Porto do PS.
A distrital do Partido Socialista "lamenta que a administração dos CTT tenha aproveitado o período de pandemia para, de forma unilateral e sem negociação sindical digna desse nome, impor aos trabalhadores o pagamento do subsídio de refeição em cartão"
"Com o novo modelo de pagamento a empresa obtém ganhos financeiros mas, ao mesmo tempo, prejudica gravemente o rendimento dos trabalhadores", sustentou.
Ao proceder desta forma, os socialistas consideram que "a administração dos CTT mostra um comportamento egoísta e desumano e desrespeita o esforço e sacrifício dos seus colaboradores, que permitiu manter o serviço em funcionamento mesmo nos períodos mais graves da pandemia".
Para o PS, "a administração instiga ao aumento da conflitualidade laboral, em vez de promover a paz social tão necessária para que a empresa recupere".
A Federação Distrital do Porto do PS considera ainda "plenamente justificada a greve dos trabalhadores dos CTT, apoiada por todas as suas organizações representativas, e manifesta-lhes a sua solidariedade.
Os trabalhadores dos CTT - Correios de Portugal estão hoje em greve contra o pagamento do subsídio de almoço em cartão de refeição.
O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) disse hoje à Lusa que adesão à greve nos CTT é de 74%, enquanto a empresa aponta "18,5%, sem impacto" no regular funcionamento.
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