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Argentina alarga prazo para acordo sobre reestruturação da dívida

A Argentina decidiu estender as negociações com os fundos de investimento por mais dez dias, para chegar a um acordo que lhe permita reestruturar 66,238 mil milhões de dólares (60,409 mil milhões de euros) da sua dívida externa.

Argentina alarga prazo para acordo sobre reestruturação da dívida
Notícias ao Minuto

06:04 - 22/05/20 por Lusa

Economia Dívida

A Argentina tinha até sexta-feira para pagar 503 milhões de dólares (458 milhões de euros) em juros sobre três títulos públicos (Global 2021, 2026 e 2046), emitidos sob legislação estrangeira.

Num comunicado emitido pelo Ministério da Economia, o Governo argentino anunciou que alargou o prazo que terminava esta sexta-feira até 02 de junho para continuar a negociar com os detentores daqueles títulos.

Esta é a segunda extensão das negociações: o Presidente argentino Alberto Fernández já tinha definido o dia 08 de maio como a data-limite para os obrigacionistas aderirem à oferta de troca lançada pelo Governo, mas o prazo foi estendido até 22 de maio (sexta-feira) devido ao pouco sucesso desta proposta.

"A Argentina e os seus consultores pretendem aproveitar esta extensão para continuar as discussões e permitir que os investidores continuem a contribuir para uma bem-sucedida reestruturação da dívida", pode ler-se numa resolução divulgada pelo Ministério da Economia.

No documento, aponta-se que o país acredita "firmemente" que um final satisfatório contribuirá para estabilizar a atual situação económica, aliviando as "restrições de médio e longo prazo da economia".

Em 17 de abril, a Argentina lançou oficialmente a sua proposta, consistindo na troca de títulos emitidos entre 2005 e 2016 por novos títulos, com vencimento entre 2030 e 2047, a fim de reestruturar 66,238 mil milhões em dívidas.

Este valor representa apenas um quinto da dívida, já que a dívida total do país se cifra nos 323,192 mil milhões de dólares (cerca de 295,37 mil milhões de euros).

No entanto, vários grupos de credores rejeitaram a proposta, tendo o Governo recebido posteriormente três contrapropostas, que permanecem na mesa de negociação.

Alberto Fernández, em várias aparições públicas desde que venceu nas urnas, em dezembro de 2019, o seu antecessor, Mauricio Macri, reafirmou a vontade de pagar a dívida, mas quando a economia voltar a crescer.

O Presidente argentino disse não querer ter de fazer ajustes num país que já tem um terço da sua população em situação de pobreza.

Depois dos credores privados, a Argentina deverá enfrentar negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reestruturar igualmente outros 44 mil milhões de dólares de dívida. Essa negociação, no entanto, não envolve nenhuma redução da dívida, apenas um alargamento dos prazos.

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