Paris quer suspensão das regras de disciplina orçamental também em 2021

Paris quer que as regras de disciplina orçamental entre membros da União Europeia (UE), suspensas este ano devido à pandemia de covid-19, também sejam suspensas em 2021, declarou o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, ao Le Figaro.

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© Reuters

Lusa
21/05/2020 21:44 ‧ 21/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

"news_bold">"Queremos que as regras do Pacto de Estabilidade, suspensas em 2020, também sejam suspensas em 2021", disse Le Maire nesta entrevista publicada hoje à noite pelo diário francês.

"Nada seria pior do que relançar a máquina económica enquanto se pressiona os gastos públicos. Esse foi um erro cometido em 2009 e que não cometeremos de novo", acrescentou o ministro.

No entanto, o ministro não aceitou imediatamente a proposta da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que pediu no início da semana para "modernizar" o Pacto de Estabilidade e Crescimento e não o pôr de novo em vigor tal como estava antes da crise.

Este pacto fixa as regras orçamentais para os Estados que adotaram a moeda única europeia, em particular o cumprimento de um défice público inferior a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país membro da zona do euro.

Em 20 de março, a União Europeia anunciou a suspensão destas regras orçamentais, uma medida sem precedentes, dadas as consequências económicas da pandemia de covid-19.

Na mesma entrevista no início da semana, Lagarde também saudou o projeto de relançamento de 500 bilhões de euros proposto na segunda-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e pela chanceler alemã, Angela Merkel, que ainda tem de receber a aprovação dos outros membros da União, dos quais alguns estão relutantes.

"A Áustria, a Holanda, a Suécia e a Dinamarca expressaram reservas. No entanto, as economias destes estados beneficiam do mercado único: é, portanto, do interesse das mesmas que a economia se revitalize em todos os parceiros na Europa", alegou Le Maire.

"Esse reinício dependerá da força do plano de estímulo. O aumento da dívida em comum é o instrumento mais barato, porque as taxas são baixas e pagaremos a dívida por um longo período, superior a 10 anos. É, portanto, a solução mais económica", acrescentou.

O ministro da Economia francês considerou que "a Europa não pode ser construída apenas com base nos interesses nacionais, mas apenas com a solidariedade".

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