Altice Portugal vai "continuar a investir" no país

A Altice Portugal "vai continuar a investir" no país desde que "não haja impactos negativos da atividade regulatória", disse hoje o presidente executivo da dona da Meo, numa alusão à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

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Lusa
21/05/2020 13:10 ‧ 21/05/2020 por Lusa

Economia

Alexandre Fonseca

Alexandre Fonseca respondia a questões dos jornalistas durante a conferência à distância dos resultados da Altice Portugal no primeiro trimestre, cujas receitas subiram 2,6% para 522 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) progrediram 1,8% para 210 milhões de euros.

No período em análise, o investimento (capex) da Altice Portugal atingiu 104,3 milhões de euros, um aumento de 3,8%.

Questionado sobre se a Altice vai manter o nível de investimento, Alexandre Fonseca salientou que a empresa tem "um nível de investimento sustentado, acima dos 400 milhões de euros anuais" em Portugal.

"Este é claramente o maior investimento desta indústria e tem sido canalizado em boa parte para as infraestruturas de fibra ótica", salientou, recordando o anúncio que fez em setembro de 2015 sobre o plano de atingir 5,3 milhões de lares com fibra ótica até 2020.

No fim de março já estávamos com 5,1 milhões de lares e continuamos a nossa construção. O que posso dizer é que o nível de investimento neste momento continua estável, continuamos a investir também em construção de rede", prosseguiu, salientando que o grupo tem "sempre de priorizar os investimentos em qualquer momento".

Ou seja, "vamos gerindo a cadência de investimento de acordo com os nossos resultados" e os relativos ao primeiro trimestre deste ano são "extremamente positivos", destacou Alexandre Fonseca.

"Obviamente que vamos continuar a investir assim que estejam garantidas as condições para haver esse investimento em Portugal", sublinhou.

Isto porque "a disponibilidade de investimento no nosso país também tem que estar diretamente relacionada com as condições que são geradas no setor", mas "infelizmente temos tido no nosso setor um agente que não tem contribuído" para a atratividade do investimento em Portugal, apontou, aludindo à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

"Esse agente tem sido o regulador setorial, não tem contribuído em nada, antes pelo contrário, para atratividade do investimento no setor", reiterou Alexandre Fonseca, sublinhando que, "felizmente, durante este período de crise o regulador desapareceu do ponto de vista daquilo que tem sido a sua intervenção no mercado".

Alexandre Fonseca criticou ainda o regulador por "durante estes dois meses" não ter feito um contacto, uma reunião com a operadora.

"Não se preocupou com um setor vital" para o país em período de confinamento, considerou.

"Desde que não haja aqui impactos negativos da atividade regulatória, nós vamos com certeza continuar com os nossos níveis de investimento", rematou o executivo.

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