"É muito difícil atrair linhas para o porto de Lisboa"
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que "é muito difícil atrair linhas para o porto de Lisboa", recordando que em 10 anos houve 123 pré-avisos de greve.
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Economia Pedro Nuno Santos
O governante falava na audição parlamentar conjunta das comissões de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação e Trabalho e Segurança Social, a propósito da insolvência da Associação-Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa, por requerimentos do PCP e do BE.
O governante salientou que "felizmente" o porto de Lisboa está a operar, mas recordou que os problemas "são antigos".
Os 123 pré-avisos de greve "foram entre 2008 e 2018, 10 anos", sublinhou Pedro Nuno Santos, para explicar que "é muito difícil atrair linhas para o porto de Lisboa num quadro destes".
"Muito difícil", acentuou o governante.
"[o Porto de Lisboa foi] o único porto do país que diminuiu a sua atividade. Obviamente, se está a perder atividade, as empresas precisam de menos trabalhadores", apontou Pedro Nuno Santos.
O ministro referiu ainda que o porto de Lisboa "não é um porto que pague mal" quando comparado com os outros portos, salientando que há "ali um problema específico e o Governo tem de ser muito firme na forma como vai gerir este dossiê".
E sublinhou: "Queremos que o porto de Lisboa tenha a paz social necessária para crescer".
O ministro das Infraestruturas e da Habitação referiu também que a "percentagem de baixas no porto de Lisboa é demasiado alta", nomeadamente "em trabalhadores grevistas", manifestando preocupação.
Sobre a relação entre a cidade e o porto de Lisboa, o governante defendeu que a sua leitura é que "uma cidade que tenha um porto é uma cidade privilegiada", e no caso de Lisboa essa relação "é milenar".
O ministro disse que "é possível conciliar a atividade portuária e a vida da cidade com um porto", recordando que o Roterdão, onde estudou, "é um dos principais focos de turismo da própria cidade".
A administração do porto de Lisboa, que é responsável por toda a faixa ribeirinha, "tem essa preocupação", havendo uma "negociação em curso há muito tempo com a Câmara Municipal de Lisboa para que algumas partes do porto que não estão afetas à atividade portuária possam ter uma maior participação, se não mesmo gestão direta", referiu.
"Temos a administração do porto de Lisboa a gerir zonas do território da cidade que não estão afetas à atividade. É para nós de bom senso que elas sejam geridas pela autarquia", salientou.
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