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Aenergy avança com ação contra General Electric e Angola nos EUA

A Aenergy, empresa do setor elétrico liderada pelo português Ricardo Machado, interpôs a 07 de maio, no Tribunal Federal de Nova Iorque uma ação contra a General Eletric e o Governo angolano reclamando uma indemnização pela rescisão de contratos.

Aenergy avança com ação contra General Electric e Angola nos EUA
Notícias ao Minuto

12:01 - 18/05/20 por Lusa

Economia EUA

A ação de responsabilidade civil, que visa a General Electric Company, a GE Capital, o Governo da República de Angola, o ministério angolano da Energia e Água (MINEA), o ministério das Finanças de Angola, a Empresa Pública de Produção de Eletricidade (Prodel) e a Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade (ENDE), pretende o pagamento de uma indemnização pelas perdas e danos causados, na sequência da rescisão dos contratos com a Aenergy, segundo os documentos a que Lusa teve hoje acesso.

A Aenergy está envolvida num contencioso com Angola desde que o executivo angolano rescindiu no ano passado, vários contratos com a empresa alegando quebra de confiança devido a alegadas irregularidades, acusações que a empresa rejeita, garantindo ter alertado o ministério da tutela (Ministério da Energia e Águas) e ter executado vários projetos sem receber pagamento.

Em dezembro de 2019, a Procuradoria-Geral da República de Angola anunciou que intentou uma providência cautelar de arresto contra a Aenergy, por "indícios de violação" de contratos e apreendeu quatro turbinas elétricas alegadamente "adquiridas com fundos públicos sem o conhecimento do Ministério de Energia e Águas".

Por seu lado, a empresa acusou o Estado angolano de "expropriação ilegal e infundada" das turbinas e outros equipamentos, decisão que está a contestar no Tribunal de Luanda.

Em declarações à Lusa, Ricardo Machado disse que a "Aenergy estar a ser alvo de uma campanha difamatória que visou a destruição da sua imagem, reputação e atividade, provocando graves prejuízos e a extinção de centenas de postos de trabalho qualificado na empresa em Angola".

Referiu igualmente que Aenergy tem tentado fazer valer os seus direitos em todas as jurisdições.

Em novembro de 2019, "depois de o Governo de Angola rejeitar todos os recursos administrativos da Aenergy e de ignorar todas as provas até aí produzidas", a empresa intentou um processo de "Assistência Judicial" (Judicial Assistance), no Tribunal Federal de Nova Iorque, contra a General Electric para obter provas adicionais sobre o tema da aquisição das quatro turbinas e do financiamento da GE Capital ao Governo Angolano.

A General Electric foi entretanto intimada pelo tribunal a entregar à Aenergy todos os documentos pelo que a empresa "teve, pela primeira vez, acesso a dezenas de documentos e informações, tendo já remetido 32 documentos para o Tribunal Supremo de Angola", no âmbito da recurso de impugnação da resolução dos contratos pelo MINEA, apresentado pela Aenergy em janeiro de 2020", adiantou Ricardo Machado.

Segundo o empresário, esses documentos, que reputamos essenciais à descoberta da verdade, são também já do conhecimento da Procuradoria Geral da República de Angola.

O responsável da Aenergy afirmou também que, "apesar de todos os documentos e provas adicionais terem sido entregues ao Tribunal Supremo e à Procuradoria-Geral da República de Angola, à data de hoje a Aenergy não teve sequer acesso ao número do processo instruído no Tribunal Supremo".

"Fomos acusados de nos apropriarmos indevidamente de dinheiro do Estado, sem a realização de qualquer serviço mas, na realidade, já demonstrámos o contrário e que, desde 2014, a Aenergy é credora, até à data da rescisão dos contratos, de uma dívida líquida superior a 250 milhões de dólares" (231 milhões de euros), afirma Ricardo Machado.

A Aenergy afirma ter alertado o MINEA para eventuais irregularidades que deveriam ser investigadas, em dezembro de 2018, e apresentou uma queixa crime na Procuradoria Geral da República de Angola, mas "em ambos os casos, nunca houve qualquer resposta".

Segundo Ricardo Machado, o MINEA preferiu "ignorar factos de natureza criminal, tentando subjugar e estrangular financeiramente" a Aenergy e forçar a cedência da sua posição contratual à General Electric, mas "quando percebeu que tal cedência não seria aceite, induziu em erro o Presidente da República", pedindo para resolver unilateralmente os treze contratos com a Aenergy em agosto de 2019.

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