BMW defende distribuição de dividendos apesar das ajudas à empresa
O presidente do grupo BMW, Oliver Zipse, defendeu hoje na assembleia-geral de acionistas a distribuição de 1,6 mil milhões de euros em dividendos referentes a 2019.
© Reuters
Auto BMW
Apesar de os trabalhadores, com horário reduzido, estarem a receber subsídios e de o fabricante automóvel ter pedido ajuda estatal, a BMW quer distribuir 1,6 mil milhões de euros em dividendos pelos acionistas relativos ao exercício fiscal de 2019, no qual teve um lucro de 5.020 milhões de euros.
Na assembleia-geral, hoje realizada por videoconferência, Zipse disse também que os 126.000 trabalhadores na Alemanha vão receber um prémio de desempenho devido ao lucro alcançado no ano passado.
As previsões do grupo BMW para o final deste ano "não são boas", devido à quebra nas vendas motivada pelo encerramento dos concessionárias e à paralisação da produção de automóveis em todo o mundo, causada pela pandemia da covid-19.
As vendas da BMW caíram 41% em abril a nível mundial, com a procura a recuar nos Estados Unidos, Reino Unido e na Itália, apesar de na China já ter começado a recuperar.
O fabricante de automóveis BMW já retomou a produção na China, Estados Unidos e na Alemanha, onde, em Dingolfing, a linha de montagem está a operar desde segunda-feira.
A partir segunda-feira, a produção vai reiniciar-se nas fábricas em Munique, Regensburg, Leipzig, Oxford, Rosslyn e no México.
A grupo BMW vai reiniciar a sua produção gradualmente, primeiro com um turno e depois, se a procura aumentar, passará para dois turnos.
O lucro do grupo BMW caiu 28,9% em 2019, para 5.020 milhões de euros, face ao ano anterior, apesar do número de veículos produzidos ter subido 3,3%, com destaque para o segmento de luxo, com a Rolls-Royce a aumentar a sua produção em 21,6%.
Em 2019, as receitas globais do grupo cresceram 7,6% face a 2018, atingindo 104,2 mil milhões de euros, tendo o CAPEX -- Capital Expenditure, principal indicador do investimento --, recuado 2,9% face a 2018, situando-se em 7.780 milhões de euros.
No fabrico de veículos, o destaque foi para a Rolls-Royce, que cresceu 21,6%, enquanto a Mini caiu 4,6%.
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