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Foi uma "bela decisão" há 45 anos mas é "preciso sangue novo"

No dia em que abandona oficialmente a liderança da Jerónimo Martins, o empresário Alexandre Soares dos Santos reitera, em entrevista ao Jornal de Negócios, que “já devia ter saído” porque é “preciso uma injecção de sangue novo”. Ainda assim, ao recuar no tempo, afirma que apesar de difícil foi uma “bela decisão” ter assumido há 45 anos o lugar do pai na liderança do grupo. Agora prepara-se para ser substituído pelo filho Pedro Soares dos Santos.

Foi uma "bela decisão" há 45 anos mas é "preciso sangue novo"
Notícias ao Minuto

08:30 - 18/12/13 por Notícias Ao Minuto

Economia Soares dos Santos

Hoje, os accionistas da sociedade Jerónimo Martins SGPS, controlada em 56% pela Sociedade Francisco Manuel dos Santos (holding da família Soares dos Santos), vão “deliberar sobre a designação de novo presidente do conselho de administração”, que, salienta o Jornal de Negócios, tudo aponta para o nome de Pedro Soares dos Santos, que acumulará estas novas funções com as de administrador-delegado.

De saída da presidência está Alexandre Soares dos Santos que, em entrevista ao Jornal de Negócios, volta a dizer que “já devia ter saído (…) porque quando já se está há muitos anos, começa-se a ver as coisas numa perspectiva completamente diferente: fica-se avesso ao risco, à inovação, porque se acha que aquilo que se fez é o que está certo. E não pode ser”.

“Uma empresa tem de estar permanentemente a inovar-se, a modificar-se. É preciso uma injecção de sangue novo”, reforça o empresário.

Referindo que, apesar de difícil, foi uma “bela decisão” a que tomou há 45 anos de sair da Unilever para ocupar o lugar do pai na Jerónimo Martins, mas, como “em tudo há um fim” e “esgotei já há uns tempos física e emocionalmente”, “um lugar destes, desta dimensão, exige um esforço extraordinário. E há um limite para tudo”.

A decisão de sair foi tomada no passado dia 1 de Novembro, mês em que completou 79 anos de idade, e para “não haver forças em contrário” decidiu apanhar “todo o mundo de surpresa. Ninguém sabia, tirando a minha mulher” e “um advogado”, que acompanhou o processo”, revela.

Só depois, numa reunião em Vila Viçosa, revelou a notícia “aos não executivos” e “aos filhos”, explicando-lhes “que saía e quais as soluções em aberto”, entre três ou quatro cenários possíveis: “de presidente e CEO, presidente sem CEO, presidente da família e CEO não família – enfim, as diferentes possibilidades”.

No entretanto, garante, “não se desistiu de nada, está tudo [todas as possibilidades] em aberto” para a grande decisão desta quarta-feira, 18 de Dezembro.

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