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Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa demarca-se de associação

A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC) demarcou-se da recém-criada Câmara de Comércio Portugal-China PME (CCPC-PME), que a CCILC acusa de "pretender criar uma evidente confusão".

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa demarca-se de associação
Notícias ao Minuto

16:54 - 12/05/20 por Lusa

Economia Câmara de comércio

Num comunicado enviado à Lusa, a CCILC refere que "tem promovido e apoiado um associativismo livre, diversificado e enriquecedor das relações entre países e povos", mas assume "publicamente uma posição contrária à criação" da CCPC-PME.

"Neste caso concreto, a nossa instituição vem assumir publicamente uma posição contrária à criação da associação referida, posição essa já transmitida formalmente ao promotor aquando da sua criação de uma outra 'Câmara de Comércio', também essa ligada ao universo Portugal-China, por pretender criar uma evidente confusão com a utilização da designação 'Câmara de Comércio', uma alegada plataforma alternativa à original (CCILC) que não possui estatuto de utilidade pública", refere a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa no documento.

A CCILC, associação fundada em 1978, afirma que tem uma "postura de abertura e apoio constante a todas as entidades que gravitam neste universo das relações bilaterais e com as quais tem a honra de trabalhar em conjunto", mas diz que não irá pactuar "com situações que se (...) afiguram de menor transparência, como uma câmara de comércio alternativa".

Na semana passada, a CCPC-PME anunciou que tinha sido formalizada no Cartório Notarial de Condeixa-a-Nova e que tem como destinatário "o vasto campo das PME [pequenas e médias empresas] interessadas em exportar e importar de e para a China".

Um dos promotores da CCPC-PME, Y Ping Chow, presidente do conselho executivo da organização e da Liga dos Chineses em Portugal, desvalorizou hoje as críticas da CCILC, e disse estar a sentir que a criação de uma câmara para PME provocou que "alguém se sentisse ameaçado ou perdesse exclusividade de uma posição que, até agora, ninguém tinha querido confrontar".

Y Ping Chow defendeu que havia "possibilidade e necessidade de se criar uma estrutura desse género" e que as organizações funcionam de forma diferente.

"As duas câmaras têm um trabalho totalmente diferente, têm uma gestão diferente, têm uma mentalidade diferente e têm pessoas diferentes", apontou o empresário.

O empresário chinês foi visado pelas críticas da CCILC, que apontou que este, nos últimos anos, "fundou várias entidades similares, sempre adequadas a necessidades particulares do momento".

O presidente do conselho executivo da CCPC-PME considerou que estas são "iniciativas da Liga dos Chineses e outras são [fundadas] por sugestão e pedido de organismos oficiais da China para poderem ser representadas", como a Câmara de Comércio Portugal-Guizhou, estabelecida "a pedido inaugurado por altos dirigentes" desta província.

"Embora não tenha registo cá em Portugal, estamos a trabalhar com uma delegação oficial da província, aliás, foram eles que atribuíram este nome", disse Y Ping Chow.

O empresário acrescentou que "não quer fazer concorrência, a forma de trabalhar é diferente, a forma de cobrar as quotas sociais é totalmente diferente"

Quanto à transparência, Y Ping Chow assinalou que a CCPC-PME "tem regras de funcionamento" e "uma participação maioritária de personalidades portuguesas".

"A Câmara de Comércio Portugal-China não vai prejudicar ninguém nem queremos prejudicar ninguém. A Câmara de Comércio Portugal-China vai trabalhar para apoiar os pequenos e médios [negócios]. Não nos queremos meter com as grandes empresas", concluiu o empresário.

A estrutura da CCPC-PME conta com nomes como antigo secretário de Estado da Internacionalização Jorge Costa Oliveira, o antigo conselheiro do Presidente da República Jorge Portugal, os deputados António Gameiro e José Cesário, o advogado e ex-deputado Vitalino Canas, o diretor-executivo da Comunidade de Tâmega e Sousa Telmo Pinto, o juiz-conselheiro Júlio Pereira, o advogado e ex-secretário de Estado do PSD Montalvão Machado e o empresário e ex-autarca Carlos Pinto.

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