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Inquérito a profissionais e empresas de Arouca indica quebras de 80%

A Câmara de Arouca realizou um inquérito a 108 profissionais e micro e pequenas empresas do município, apurando que esses esperam uma quebra média de 80% nas vendas e que 35,2% já suspenderam contratos ou horários laborais ('lay-off').

Inquérito a profissionais e empresas de Arouca indica quebras de 80%
Notícias ao Minuto

11:37 - 12/05/20 por Lusa

Economia Covid-19

A informação recolhida pela autarquia do distrito de Aveiro, liderada pelo PS, permitiu também constatar que 82,4% dos entrevistados consideram insuficientes as medidas do Governo para fazer face à crise económica e laboral gerada pela pandemia de covid-19, e que 64,8% vem sentindo dificuldade em adquirir material de proteção para laborar com a devida segurança sanitária.

Segundo fonte da Câmara de Arouca, essas conclusões resultam de um trabalho de auscultação a diversos setores de atividade, entre os quais os de comércio, distribuição, serviços, reparações, agricultura, floresta, restauração, pastelaria, artesanato, turismo, transportes, construção, saúde e ainda da indústria de calçado, metalomecânica, madeiras, colchoaria e serralharia.

"A maioria das respostas aponta para uma redução do volume de negócios superior a 80%, nos meses de abril e maio, prevendo-se uma ligeira recuperação no mês de junho", diz a autarquia.

Os principais problemas na origem dessa perda de faturação são seis: a redução da procura (identificada em 66,7% das respostas); o encerramento total ou parcial das empresas ou estabelecimentos devido ao estado de emergência (apontado por 65,7% dos inquiridos); a suspensão ou cancelamento de encomendas (referidos em 54,5% dos inquéritos); a interrupção das cadeias de abastecimento de matérias-primas, produtos e mercadorias (mencionada em 54,6%); o incumprimento contratual por parte de fornecedores, clientes, bancos e outras entidades (citado em 19,4%); e a interrupção das exportações (expressa em 12%).

Para lidar com essas dificuldades, os 108 profissionais e empresas recorreram a diferentes soluções. Como já referido, 35,2% fizeram uso do 'lay-off', mas 26,9% preferiram novas moratórias para créditos, 25% pediram prorrogação de prazos para pagamento de impostos e outras obrigações fiscais, 11% solicitaram incentivos financeiros extraordinários para normalização da atividade e 5,6% acederam a linhas de crédito específicas para o setor do turismo.

Apesar da dificuldade em adquirir materiais de proteção, 87% dos inquiridos já adotaram planos de contingência adequados à minimização do risco de contágio, sendo que 71,3% dos empresários têm um plano de atuação específico "para proteger os seus trabalhadores, clientes e fornecedores quando forem levantadas as restrições impostas pelo Governo".

A análise ao inquérito permite ainda constatar quais as medidas de prevenção e contenção mais adotadas: 83,2% dos inquiridos apostaram na higienização dos espaços, equipamentos, utensílios e superfícies; 78,9% disponibilizaram a trabalhadores e clientes soluções antisséticas de base alcoólica em locais estratégicos; 77,9% promoveram maior frequência de lavagem das mãos com água e sabão ou desinfetante; 67,4% divulgaram pelos seus recursos humanos os devidos esclarecimentos sobre os planos de contingência; e 57,9% incentivaram o uso de máscaras cirúrgicas para proteção respiratória.

Desse universo geral de entrevistados, 89,8% consideram que concretizar essas medidas de contenção pode ser mais fácil com o apoio da Câmara de Arouca, que está agora "a analisar os resultados do inquérito para definir novas formas de intervenção" - em complemento a ações que já vem desenvolvendo, como a distribuição de viseiras e máscaras por empresas e grupos mais vulneráveis da população, e a realização de sessões de esclarecimento via Internet sobre as regras sanitárias impostas a cada setor de atividade e os apoios económicos disponíveis para a retoma.

Promovido por iniciativa da Câmara de Arouca, o presente estudo foi realizado com o apoio da Associação Empresarial de Cambra e Arouca, que irá agora replicar esse modelo no concelho de Vale de Cambra (sob gestão camarária do CDS-PP). O mesmo formulário está também a ser analisado pelo município de Oliveira de Azeméis (liderado pelo PS).

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 283.000 morreram.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicava 1.144 óbitos entre 27.679 infeções confirmadas.

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