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"Não há muitos impostos que possam ser aumentados”
Em directo para a TVI, o editor de Economia, Vasco Resende, comenta o cenário nacional do aumento de impostos e apresenta as várias hipóteses que podem fazer com que o Governo consiga os 740 milhões que se encontram em Orçamento de Estado.
© DR
Economia Mariah Carey
No ‘Gabinete de Crise’, em directo para a TVI, Vasco Resende analisa o cenário relativo ao aumento dos impostos. Para o jornalista, “não há muitos impostos que possam ser aumentados”.
“O IRS como sabemos está já a um nível elevadíssimo e quanto ao IRC, a prioridade do executivo é descê-lo. Portanto só nos resta o IVA, que é o imposto em que é mais imediata a receita”, comenta Vasco Resende.
O jornalista apresentou as várias medidas que podem ser tomadas pelo Estado: “uma das hipóteses em cima da mesa é o aumento do IVA em todas as taxas, ou seja, taxa reduzida, tava intermédia e taxa máxima. A reduzida passaria de 23 para 24%, a intermédia de 13 para 14% e a máxima de 6 para 7%”.
No entanto, há outros cenários possíveis: “um deles é apenas o aumento da taxa máxima” e outro seria a “eliminação da taxa intermédia de IVA, que se aplica por exemplo a espectáculos, a conservas de carne e peixe, a vinho. Por exemplo, no caso de um bilhete de cinema que hoje custa 6 euros e 30, o bilhete passaria a custar automaticamente 6 euros e 75; e uma lata de atum subiria o preço em dez cêntimos. Caso se eliminasse a taxa intermédia, o preço deste tipo de produtos subiria para a taxa máxima”, disse o editor.
O último cenário explicado por Vasco Resende passa por “reduzir o cabaz de produtos que estão na taxa mínima, que se aplica aos elementos essenciais, aos livros, aos produtos farmacêuticos e a hotéis”.
Mas afinal de quanto dinheiro precisa o Governo? “O diploma da convergência das pensões prevê que o estado poupe em despesa 740 milhões de euros. Estes cenários do IVA prevêem que a receita seja aumentada entre 400 a 800 milhões de euros, conforme os cenários que forem adoptados, concluiu o jornalista.
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