Em comunicado, a Savills assinala a "nota positiva em todos os segmentos imobiliários" e a "dinâmica" verificada no fecho do primeiro trimestre deste ano.

"Com um abrandamento da atividade verificado apenas no final de março de 2020, os números de fecho do trimestre confirmaram a dinâmica que tem vindo a caracterizar o mercado nacional nos últimos anos", aponta a consultora.

Segundo a Savills, os 1,4 mil milhões de euros de investimento imobiliário registados entre janeiro e março de 2020 traduzem um "crescimento significativo" por comparação com o mesmo período de 2019, sendo parte deste investimento atribuído à transação de 50% da Sonae Sierra Fund, estimada em 750 milhões de euros, onde estão incluídos alguns dos maiores centros comerciais do país, como o Colombo, Vasco da Gama, Norte Shopping e Cascais Shopping.

Aquele valor foi ainda influenciado pela venda do portfólio de dez hotéis do Grupo Real por cerca de 300 milhões de euros.

Entre os vários segmentos do mercado, a Savills destaca a subida homóloga de 6,9% no de escritórios, com o volume total de absorção a superar os 44.670 metros quadrados.

As zonas do país onde se registou o maior crescimento homólogo de área ocupada de escritórios foram o Parque das Nações, em Lisboa, e o Corredor Oeste, e as empresas de serviços foram o setor de atividade que respondeu pela maior fatia de ocupação, com 47% do total da área absorvida no primeiro trimestre.

No mercado de retalho, a consultora refere que o comércio de rua continuou a ser o maior dinamizador deste segmento, com as rendas nas zonas 'premium' (mais caras) de Lisboa a atingirem os 160 euros por metro quadrado.

A subir, neste primeiro trimestre de 2020, esteve também o mercado residencial, tanto de usados como de novos, com a Savills a assinalar que Lisboa, Porto e Algarve registaram preços médios mais altos em comparação com a média acional e a apontar a escassez da oferta de novas casas nas principais cidades e regiões do país.

"Em Lisboa, os valores do mercado residencial encontram-se nos 3.524 euros por metro quadrado para residências já usadas e nos 5.793 euros por metro quadrado para novas residências", refere o comunicado, precisando que na região Metropolitana de Lisboa observou-se um aumento geral nos preços residenciais de 18,95% no primeiro trimestre de 2020, face ao mesmo período de 2019.

A consultora refere que a cidade de Montijo se destacou, onde o aumento de valor rondou 34,36%.

No Porto, os valores do mercado residencial situaram-se nos 1.993 euros por metro quadrado para residências já usadas e nos 3.145 euros por metro quadrado para as novas.

No conjunto da Região Metropolitana do Porto, o preço das casas registou uma subida homóloga de 14,85% neste primeiro trimestre de 2020.

Relativamente ao mercado de turismo e hospitalidade, a consultora limita a sua análise aos dois primeiros meses do ano, período em que o número de turistas observou um crescimento homólogo de 14%.

No segmento industrial e de logística, a Savills indica que o cenário atual em Portugal revela uma oferta insuficiente em relação à procura, principalmente de ativos modernos com capacidade tecnológica instalada, devido à maior procura do mercado por parte dos principais 'players'.

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