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Reforço de capitais da Martifer fica sem efeito porque prazo expirou

A Martifer anunciou que ficou sem efeito a operação de reforço de capital que iria também servir para cobrir resultados transitados negativos, aprovado pelos acionistas em dezembro, e que tinha como prazo o final de abril.

Reforço de capitais da Martifer fica sem efeito porque prazo expirou
Notícias ao Minuto

06:08 - 02/05/20 por Lusa

Economia Martifer

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sexta-feira à noite, a Martifer informa sobre a cessação de efeitos das deliberações da reunião magna extraordinária de 18 de dezembro de 2019, "por os referidos contratos de suprimentos não terem sido concretizados nos prazos estabelecidos e aprovados".

No entanto, a Martifer "continuará a procurar implementar medidas de reforço de capitais, sendo que informará tempestivamente o mercado se e quando tais medidas se encontrarem em condições de ser implementadas".

"Precludiram os efeitos das deliberações aprovadas na assembleia-geral extraordinária de acionistas reunida na sede social no dia 18 de dezembro de 2019", refere a empresa, recordando os dois pontos na ordem de trabalhos aprovados naquela data.

O primeiro ponto visava a obtenção da autorização para a realização pelas acionistas I'M (Irmãos Martins) e Mota-Engil, "de forma voluntária, com caráter não oneroso, em partes iguais, a realizar até 30 de abril de 2020, de prestações acessórias de capital, com o reembolso condicionado à disponibilidade da sociedade e sujeitas ao regime jurídico das prestações suplementares", até ao montante global de 40 milhões de euros, por conversão de suprimentos "a efetuar pelas mesmas acionistas à sociedade".

A autorização estava condicionada à concretização dos referidos contratos de suprimentos, "ficando sem efeito no caso de os mesmos não virem a ser celebrados no prazo de quatro meses, a contar da desta de deliberação".

O segundo ponto referia-se à proposta do Conselho de Administração à assembleia-geral para que "os resultados transitados, negativos no montante de 19.196.723,29 sejam cobertos com a aplicação, em partes iguais, de prestações acessórias de capital, das acionistas I'M -- SGPS e Mota-Engil SGPS", deliberação de cobertura de prejuízos que estava condicionada à aprovação do ponto anterior.

Esta proposta só produziria efeitos "se as prestações acessórias de capital [fossem] realizadas até 30 de abril", o que não aconteceu.

A Martifer registou em 2019 lucros atribuíveis ao grupo de 23,5 milhões de euros, uma subida face aos 1,3 milhões de euros alcançados no ano anterior, potenciados pelo impacto positivo da alienação de ativos na área das renováveis.

No período em análise, os proveitos operacionais atingiram 266,9 milhões de euros, dos quais 138,1 milhões de euros na construção metálica, 97,5 milhões de euros na indústria naval e 33,4 milhões de euros na 'renewables' (renováveis).

Na sexta-feira, a Martifer anunciou que a sua fábrica de estruturas metálicas OF2 entrou em regime de 'lay-off' parcial até final do mês, medida que abrange mais de 200 trabalhadores daquela unidade.

A 'holding' dos irmãos Martins detém 38% do capital social do grupo industrial e a Mota-Engil cerca de 37,5%.

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