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Porto: Comércio local deve abrir primeiro que grandes superfícies

O presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Joel Azevedo, defendeu hoje que as lojas de comércio local devem abrir primeiro que as grandes superfícies, porque "diminuem a mobilidade e a grande concentração de pessoas".

Porto: Comércio local deve abrir primeiro que grandes superfícies
Notícias ao Minuto

16:59 - 28/04/20 por Lusa

Economia Coronavírus

"As lojas de proximidade devem ser as primeiras lojas a abrirem. Provavelmente não vão poder abrir todas ao mesmo tempo, devem ser de forma faseada, mas essas devem ser a primazia de abertura de lojas", porque "diminuem a mobilidade e diminuem a grande concentração de pessoas. As grandes superfícies deverão ser as últimas a abrir", declarou Joel Azevedo, em entrevista telefónica à Lusa.

O calendário de reabertura dos vários setores da economia que vão retomar a atividade no dia 04 de maio e nas quinzenas seguintes deverão ser anunciadas na próxima quinta-feira após o Conselho de Ministros, revelou esta semana o primeiro-ministro, António Costa.

Na linha da frente para a reabertura do comércio local de forma gradual, o presidente da Associação de Comerciantes do Porto destaca os cabeleireiros, porque há "uma grande necessidade das pessoas".

Por receio de haver uma "grande procura quando abrirem", Joel Azevedo, frisa, contudo, que, se for possível, os cabeleireiros devam abrir todos ao mesmo tempo, para "não haver grande concentração" de pessoas.

Segundo Joel Azevedo, o caminho para a retoma passa pela reabertura gradual de "todas as lojas de comércio normal de proximidade", "mesmo as lojas de retalho", como as de "parafusos" ou "eletricidade".

"Tudo agora tem de ser feito com cuidado adicional. Este tempo [de confinamento] não pode ser esquecido e todo o esforço de todos os portugueses, incluindo o que o comércio fez, não pode ser deitado ao lixo por uma opção que agora se tome e que seja precipitada", salienta o presidente da Associação de Comerciantes do Porto, alertando que muito do pequeno comércio pode não sobreviver a uma segunda ronda de confinamento e encerramento de lojas.

Questionado pela Lusa sobre se os comerciantes do Porto estão a delinear um plano especial para combater a pandemia de covid-19 na reabertura dos estabelecimentos, Joel Azevedo referiu apenas que as "boas práticas" para a abertura das lojas têm de ser "concertadas" com as várias autoridades governamentais e da Saúde, mas acima de tudo vai depender da "consciência individual de todos" para manter as regras de segurança, como por exemplo manter os dois metros de distanciamento social.

O presidente da Associação de Comerciantes do Porto chama também a atenção para que as medidas de segurança que os comerciantes vão ter de introduzir nos estabelecimentos "devem ser implementadas de forma gradual" e com a mesma "consciência que até agora se teve", porque o pior que pode acontecer ao comércio é voltar a ter de fechar por causa de uma segunda vaga de isolamento e estado de emergência.

"Provavelmente, muito do comércio vai resistir a esta primeira fase, não sei se conseguirá resistir a uma segunda [fase de isolamento e estado de emergência], se assim vier a acontecer", alerta.

Joel Azevedo defende que, mesmo com a reabertura, continua a ser importante "diminuir a mobilidade" e continuar com as pessoas alocadas a sítios específicos, ao seu local normal de residência".

"Consideramos que devem ser tomadas medidas de forma gradual e com todo o cuidado possível. Temos muita confiança no que tem sito feito em Portugal, nomeadamente através do Governo e pelas autoridades de Saúde. Continuamos a confiar (...) e estamos certos que recomendarão boas práticas para a reabertura gradual", salientou.

Portugal regista hoje 948 mortos associados à covid-19 e 24.322 infetados (mais 295), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (546), seguida da região Centro (194), de Lisboa e Vale do Tejo (185), do Algarve (12), dos Açores (10) e do Alentejo que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira.

A pandemia de covid-19 já infetou em todo o mundo mais de três milhões de pessoas e provocou mais de 211 mil mortos.

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