José de Mello e a Arcus acordam a venda de 81,1% da Brisa
O grupo José de Mello e o fundo Arcus acordaram com investidores internacionais a venda de 81,1% da Brisa, segundo a informação hoje divulgada.
© Brisa
Economia Brisa
"O Grupo José de Mello e o Arcus European Infrastructure Fund 1 LP, gerido por Arcus European Investment Manager LLP (Arcus), chegaram hoje a acordo com um consórcio de investidores internacionais para a venda conjunta de dois blocos acionistas representativos, no total, de 81,1% dos direitos de voto da Brisa, o que valoriza a empresa em mais de 3 mil milhões de euros", lê-se no comunicado divulgado pelo grupo José de Mello.
O consórcio comprador da concessionária de autoestradas é constituído por três investidores institucionais, segundo o comunicado, sendo esses a gestora de ativos holandesa APG (gestora de ativos do fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação da Holanda), o serviço de pensões da Coreia do Sul NPS e a gestora de ativos SLAM (pertencente à seguradora Swiss Life).
Ainda segundo a informação, o grupo José de Mello vai continuar acionista de referência, com 17% dos direitos de voto e com participação ativa na gestão, continuando Vasco de Mello como presidente do Conselho de Administração.
O grupo José de Mello considera ainda que este negócio "é um dos maiores investimentos estrangeiros realizados em Portugal nos últimos anos" e que ao ser acordado agora, num momento economicamente difícil, é "um sinal de confiança de investidores internacionais na economia portuguesa" e "representa uma oportunidade única para a Brisa reforçar e acelerar o seu posicionamento na área da mobilidade".
No comunicado, o presidente do Grupo José de Mello e da Brisa, Vasco de Mello, considerou que o acordo "vai permitir dar continuidade aos planos de crescimento e desenvolvimento da Brisa, dada a dimensão, experiência e qualidade de gestão das três entidades que integram o consórcio comprador", reforçando o posicionamento da Brisa na área da mobilidade.
Nesta operação, o grupo José de Mello Grupo José de Mello foi assessorado pela Rothschild & Co em todo o processo, pelo Caixa -- Banco de Investimento nas questões de natureza interna e pelos escritórios Vieira de Almeida & Associados, Clifford Chance e Loyens & Loeff na parte jurídica.
Já o chefe da estratégia global de investimento em infraestruturas na APG, Jan-Willem Ruisbroek, afirmou que este investimento se insere na "estratégia de proporcionar rendimentos estáveis e a longo prazo nos principais ativos de infraestruturas a nível mundial", acrescentando que a Brisa continuará "a inovar no segmento dos serviços rodoviários e de mobilidade."
Para o chefe do departamento de investimentos em infraestruturas da Swiss Life Asset Managers AG, Christoph Manser, a Brisa "representa um ativo de infraestruturas fulcrais de elevada qualidade, com um apelativo rendimento a longo prazo e um potencial positivo que se coaduna na perfeição com a estratégia de investimento" da seguradora.
Por fim, o diretor de investimento em infraestruturas da National Pension Service, Jee Kim, considerou, também no comunicado, que a Brisa "um ativo de excelência" e que irão trabalhar para "criar valor".
O negócio precisa da autorização das autoridades competentes para a sua concretização, o que o grupo José de Mello antevê que aconteça no terceiro trimestre deste ano.
Nos primeiros meses deste ano, a agência de informação Bloomberg noticiou entidades que estavam interessadas na compra da Brisa, caso dos grupos Ardian (empresa francesa quedetém a concessionária de autoestradas Ascendi e comprou a portuguesa Frulact), Macquarie (uma multinacional australiana com interesses em diversas áreas, incluindo a financeira) ou China State Construction Engineering Corporation (grupo chinês de construção que liderava um consórcio).
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