Wall Street em baixa perante um desastre económico superior ao esperado
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a cederem à dimensão, mais forte do que prevista, do desastre económico provocado pelo novo coronavírus, exposta por vários indicadores de conjuntura.
© EPA
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,86%, para os 23.504,35 pontos, e o tecnológico Nasdaq 1,44%, para os 8.393,18.
O alargado S&P500 desvalorizou 2,20%, para as 2.783,36 unidades.
"Os dados muito mais fracos que o previsto mostram até que ponto a economia foi enfraquecida e os investidores comentam que é bem pior do que previsto, sem dúvida", estimou Sam Stovall, da CFRA.
As vendas do comércio retalhista caíram 8,7% em março nos EUA, em relação a fevereiro, designadamente com a baixa para metade das vendas de roupa e acessórios.
A produção industrial baixou 5,4% no mesmo período de referência, segundo os dados da Reserva Federal, na que é a maior descida desde janeiro de 1946.
Na região de Nova Iorque, epicentro da pandemia nos EUA, a atividade industrial caiu mesmo, no início de abril, para o nível mais baixo desde que há registos, indicou o banco da Reserva Federal em Nova Iorque.
Dito isto, relativizou Stovall, os índices tinham subido muito na terça-feira, graças a notícias que apontavam para uma estabilização da evolução da pandemia em certas áreas particularmente afetadas, o que deixava antecipar uma possível reabertura da economia.
"Sobe-se um dia, desce-se no seguinte, para regressar ao mesmo nível. É o paraíso dos corretores", considerou.
Hoje, os bancos Bank of America et Citigroup divulgaram os resultados trimestrais, anunciando a constituição de provisões na ordem dos milhares de milhões de dólares, para acomodar crédito malparado causado pela pandemia. Acabaram a sessão a perder 6,49% e 5,64%, respetivamente.
Na terça-feira tinha sido a vez do JPMorgan Chase e do Wells Fargo a fazerem os mesmos anúncios. Hoje, terminaram as transações com desvalorizações respetivas de 4,96% e 5,77%.
Por seu lado, o setor da energia foi afetado por uma nova queda dos preços do barril, em Londres e Nova Iorque, ao passo que a Agência Internacional de Energia estimou que a procura de petróleo vai conhecer este ano uma baixa "histórica" de 9,3 milhões de barris por dia. O subíndice do S&P500 que junta estes títulos recuou 4,67%.
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