CGTP alerta para centenas de despedimentos de jovens precários
A Interjovem, da CGTP, denunciou hoje as "centenas de despedimentos" de que estão a ser alvo os trabalhadores mais jovens, cuja situação precária os torna especialmente vulneráveis no atual contexto de surto pandémico.
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Economia Coronavírus
Num comunicado enviado às redações em que exige o fim da precariedade, dos "despedimentos selvagens" e maior fiscalização aos "atropelos do patronato", a Interjovem alerta para a situação dos que "vivem e trabalham na incerteza de um vínculo precário".
"Através de contratos a termo, empresas de trabalho temporário, falsos recibos verdes, os jovens trabalhadores vivem e trabalham na incerteza de um vínculo precário de trabalho", refere a Interjovem denunciando que, no atual contexto de pandemia causada pela covid-19, "é a precariedade que está por detrás de centenas de despedimentos de jovens trabalhadores".
A Interjovem, da CGTP, sublinha ainda que muitos destes jovens foram despedidos ao abrigo do novo período experimental, que em outubro passou a ser de 180 dias e cujo alargamento mereceu a total oposição da central sindical e esteve na origem de um pedido de fiscalização da constitucionalidade que BE, PCP e PEV enviaram ao Tribunal Constitucional.
"A Interjovem e a CGTP-IN denunciaram na altura que esta [período experimental de 180 dias] e as restantes alterações ao código do trabalho só aprofundariam e normalizariam a precariedade. A realidade veio cruelmente dar razão à rejeição destas normas gravosas, que colocam os jovens trabalhadores ainda mais expostos", refere o comunicado assinalando que as medidas de proteção do emprego aprovadas com o intuito de mitigar o impacto económico da covid-19 não abrangem os trabalhadores em período experimental.
A Interjovem e a CGTP exigem, por isso, mais condições de saúde e segurança para os trabalhadores, que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efetivo, a revogação das normas gravosas da legislação laboral que a aprofundam a precariedade e o fim dos "despedimentos selvagens, independentemente do vínculo".
Outras das exigências que formulam passam pela garantia de 100% do rendimento a todos os trabalhadores e uma maior fiscalização aos empregadores nesta crise pandémica.
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