A câmara alta do Parlamento aprovou o chamado "Decreto Cura Itália" com 142 votos a favor, 99 contra e quatro abstenções, que vai ainda ser submetido a mais uma apreciação da câmara dos deputados para a ratificação final.

O Governo propôs o decreto e um "voto de confiança", numa estratégia para acelerar a aprovação das leis, ao evitar possíveis emendas.

A análise do decreto suscitou um debate aceso na câmara alta e, de alguma maneira, acabou por interromper uma união na política italiana perante a pandemia, que bloqueou o país, especialmente no norte, o motor económico de Itália.

A oposição alega que o Governo de Giuseppe Conte não tomou em consideração as emendas propostas, os prazos estabelecidos para aceder às ajudas, e critica também a postura de Roma diante da União Europeia.

O Governo de Itália solicitou à Comissão Europeia flexibilidade orçamental, visto que prevê um desvio do défice para 3,3% em 2020, em comparação com os 2,2% calculados em setembro passado.

Itália atingiu hoje as 18.279 mortes associadas ao novo coronavírus, ao ter registado 610 óbitos nas últimas 24 horas, período durante o qual o número de novos contágios voltou a subir naquele país, divulgaram hoje as autoridades italianas.

Os casos de infeção positivos e ativos neste momento no país são 96.877, mais 1.615 novos contágios face a quarta-feira.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 787 mil infetados e mais de 62 mil mortos, é o mais afetado pela pandemia.

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