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OPEP: Riade considera "categoricamente falsas" as acusações de Moscovo

A Arábia Saudita considerou hoje "categoricamente falsas" as acusações de Moscovo sobre a recusa de Riade de prolongar o acordo entre os países da OPEP+ e o consequente colapso dos preços do petróleo.

OPEP: Riade considera "categoricamente falsas" as acusações de Moscovo
Notícias ao Minuto

11:15 - 04/04/20 por Lusa

Economia Energia

Estas declarações surgem a dois dias da reunião urgente do grupo constituído pela OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) e de 10 produtores de petróleo liderados pela Rússia, segundo maior produtor do mundo, para abordar a situação do mercado.

"O ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman al Saud, rejeita os comentários de sexta-feira do seu homólogo russo de que foi a Arábia Saudita que se recusou a prolongar o acordo da OPEP+, entre outras medidas tomadas pelo reino que afetaram negativamente o mercado de petróleo", refere o ministro saudita num comunicado divulgado no Twitter.

O ministro também considerou as acusações da Rússia "categoricamente falsas e contrárias aos factos" e disse que a política da Arábia Saudita se concentra em "manter a estabilidade e o equilíbrio do mercado no interesse de produtores e consumidores".

"O ministro da Energia da Rússia foi o primeiro a dizer aos meios de comunicação que todos os países participantes estavam isentos dos seus compromissos a partir de 01 de abril. Isso levou à decisão dos países de aumentar a produção para compensar os preços baixos e a perda de lucros", disse o ministro saudita.

Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan bin Abdullah Al Saud, disse em outra declaração que espera que "a Rússia tome as decisões certas" na reunião urgente dos países da OPEP solicitada pela Arábia Saudita, que ocorrerá na próxima segunda-feira.

Na sexta-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu a necessidade de recuperar o acordo entre a OPEP e os países não-OPEP e o diálogo com os Estados Unidos para reduzir a produção de petróleo em "cerca de 10 milhões de barris por dia".

Os ministros da aliança OPEP+ abordarão na segunda-feira em videoconferência a situação no mercado de petróleo e cooperação para ultrapassar a crise perante a contração da procura e dos preços do petróleo resultante da pandemia da covid-19.

Na última reunião da OPEP e dos aliados liderados pela Rússia, realizada em 06 de março, a Arábia Saudita propôs continuar com os cortes na produção de petróleo que haviam sido acordados até o final de março.

No entanto, a Rússia, principal parceiro da OPEP, rejeitou o corte e perante esta decisão a Arábia Saudita respondeu com um aumento da produção que afundou o valor do petróleo no meio da crise económica global provocada pela pandemia da covid-19.

A situação é um duro golpe para os membros da OPEP - Venezuela, Guiné Equatorial, Arábia Saudita Irão, Iraque, Argélia, Angola, Congo, Gabão, Kuwait, Líbia, Emiratos Árabes Unidos e Nigéria -, porque são muito dependentes das receitas geradas pelas vendas do ouro negro.

Da mesma maneira estão a ser atingidos outros produtores independentes, como a Rússia, México, Brasil, Equador ou Colômbia.

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