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CTT: Sindicato questiona trabalhadores após colegas serem infetados

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) questionou hoje a decisão de manter funcionários dos CTT a trabalhar após contacto com colegas infetados, enquanto a empresa disse à Lusa que segue recomendações das autoridades de saúde.

CTT: Sindicato questiona trabalhadores após colegas serem infetados
Notícias ao Minuto

20:43 - 30/03/20 por Lusa

Economia Coronavírus

Segundo a informação enviada à imprensa pelo sindicato, três trabalhadores do edifício CTT Prior Velho foram confirmados infetados com covid-19, assim como um trabalhador do centro de distribuição postal de Gondomar, tendo em ambos os casos a Linha Saúde 24 mandado os restantes trabalhadores continuarem a trabalhar e aguardarem instruções do delegado de saúde.

Também do lado da empresa, disse o sindicato, foi "exigida a continuidade no trabalho como se nada acontecesse".

"Afinal os trabalhadores dos CTT são heróis ou 'carne para canhão'? É preciso morrer primeiro algum trabalhador para que depois se tomem medidas?", questiona o sindicato.

"Os lucros e as vendas se sobrepõem ao valor de vidas colocadas em risco e onde está a autoridade de saúde?", acrescenta.

O SNTCT refere que já enviou pedidos de esclarecimento ao Governo (Ministério da Saúde e Ministério das Infraestruturas e Habitação) e à Direção Geral da Saúde (DGS) e que aguarda respostas com urgência.

Contactada pela Lusa, fonte oficial dos CTT disse que a empresa "age de acordo com as decisões da DGS, designadamente no que diz respeito aos colaboradores que devem manter-se ao serviço" quando é detetado um infetado.

"Os CTT cumprem escrupulosamente todas as indicações das autoridades competentes e da Direção-Geral de Saúde" e quando são registados casos positivos "é acionado o protocolo estabelecido internamente, bem como dado seguimento estrito às recomendações da parte da Autoridade de Saúde, sendo esta a entidade responsável pela determinação de isolamento profilático e de realização de testes", segundo a resposta à Lusa.

Além disso, dizem os CTT, quando um trabalhador infetado é detetado é assegurado "que as instalações são alvo de uma ação de nebulização / desinfeção".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).

Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril

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