UGT pede ao Governo proteção de todos os empregos mesmo os precários
A UGT pediu hoje a intervenção urgente do primeiro ministro para que sejam adotadas medidas para vedar os apoios financeiros às empresas que dispensem pessoal, qualquer que seja o seu vínculo contratual, na sequência da crise causada pela covid-19.
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Economia Covid-19
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, enviou uma carta a António Costa a solicitar-lhe "uma intervenção urgente no sentido de adotar medidas que tornem mais abrangente a proibição da cessação de contratos de trabalho, que seja vedado o acesso a apoios a empregadores que tenham despedido ou pretendam despedir no presente e no futuro próximo, sem esquecer a necessária proteção devida aos trabalhadores mais frágeis e vulneráveis" do mercado de trabalho, "como são os trabalhadores precários".
"A UGT está certa que somente por essa via garantiremos não apenas a maior justiça do nosso mercado de trabalho no atual e difícil momento, mas igualmente a manutenção da capacidade produtiva e das competências nas nossas empresas, condição imprescindível para alavancar uma recuperação económica rápida, forte e inclusiva", afirmou o sindicalista.
O líder da UGT reconheceu e saudou "o enorme esforço que o Governo tem feito para proteger a vida dos portugueses e a celeridade com que tem tomado decisões, implementado medidas que visam mitigar os impactos terríveis desta epidemia na vida dos trabalhadores e das famílias, nas atividades económicas e na economia em geral".
"A UGT registou como muito positiva a intervenção do Sr. Primeiro Ministro perante os portugueses, na qual deixou clara a necessidade, diríamos mesmo a prioridade, de proteger os postos de trabalho e de, nesse mesmo sentido, proibir despedimentos", afirmou na carta.
Mas considerou necessário que sejam corrigidos "lapsos e omissões" e, por isso enviou hoje a António Costa "algumas notas e propostas", lembrando que todos os dias chegam à UGT e aos seus sindicatos denúncias de trabalhadores a informar que os seus postos de trabalho desapareceram ou estão em perigo.
A central defendeu a "proibição generalizada da cessação de contratos de trabalho no recurso a qualquer medida aprovada pelo Governo de apoio aos empregadores", alargando esta medida aos 60 dias seguintes ao fim da ajuda.
A UGT referiu como um exemplo a seguir a Espanha, que já aprovou legislação para tentar conter os despedimentos dos trabalhadores precários.
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