"Estamos a fazer isto na altura da pandemia porque a operação não pode ser adiada por muito tempo por questões de segurança das pessoas, da própria estrutura das chaminés e pelos materiais que estão a ser usados", disse à Lusa fonte da EDP.

A operação devia ter ocorrido em 06 de março, mas foi suspensa porque, segundo a empresa, "houve um problema de comunicação com um detonador e, como tinha que ser verificado, os técnicos consideraram mais seguro o seu cancelamento".

"O que se fez neste período foi a verificação de tudo o que tinha falhado e o que era preciso corrigir. Falou-se com a proteção civil e forças de segurança para ver se era possível nesta altura e chegou-se à conclusão que a melhor data seria o próximo domingo", explicou.

No entanto, devido à situação que se vive com a pandemia da covid-19, a EDP apelou aos cidadãos para não saírem de casa para assistir à demolição.

"Na última vez tínhamos um local para que pudessem observar a operação a uma distância de segurança, mas, tendo em conta a atual conjuntura, não estamos a organizar nada para não mobilizar as pessoas. Esperemos que percebam e não vão para a rua, que continuem a seguir as regras do estado de emergência", frisou.

A operação de demolição das duas chaminés com cerca de 200 metros de altura, a cargo da empresa Maxam, especialista na utilização de explosivos para este tipo de atividades, começou a ser preparada há ano e meio e prevê a utilização de cerca de 150/200 quilogramas de explosivos em cada uma das duas chaminés.

Embora reconheça que está dependente das avaliações do solo feitas depois do desmantelamento total, a EDP acredita que os trabalhos de descontaminação dos terrenos estejam concluídos no final de 2021.

Depois destes trabalhos, a empresa pretende que os terrenos da antiga Central Termoelétrica de Setúbal possam vir a acolher um "projeto sustentável, um projeto que faça parte da transição energética".

Construída no final da década de 70 do século passado, a Central Termoelétrica de Setúbal, localizada na península da Mitrena, esteve mais de 30 anos em funcionamento, desde 1978 a 2013, estava equipada com quatro grupos de geradores e chegou a abastecer 25% da população portuguesa em território continental.

Leia Também: Panificadora de Nadir Afonso demolida para dar lugar a supermercado Lidl