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Eurogrupo não exclui 'coronabonds' mas privilegia linha de crédito

O Eurogrupo não excluiu esta terça-feira a possível criação de 'coronabonds' como resposta à pandemia de covid-19, mas focou-se sobretudo na possibilidade de ativar uma linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), disse Mário Centeno.

Eurogrupo não exclui 'coronabonds' mas privilegia linha de crédito
Notícias ao Minuto

21:40 - 24/03/20 por Lusa

Economia Coronavírus

Numa [tele]conferência de imprensa após mais uma reunião do Eurogrupo por videoconferência, o presidente do Eurogrupo indicou que houve um "amplo apoio" à ideia de o MEE, o fundo de resgate permanente da zona euro, disponibilizar uma linha de crédito específica para todos os Estados-membros, que poderiam receber imediatamente fundos num montante equivalente a 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para medidas de combate ao novo coronavírus.

Sublinhando por diversas vezes que esta ainda é apenas uma possibilidade que começou a ser discutida e que "é preciso mais trabalho para se chegar à meta", Centeno, questionado sobre a possibilidade de emissão comum de dívida, ou os chamados 'coronabonds', defendida por muitos economistas e líderes políticos, apontou que "nenhuma solução foi esta terça-feira afastada" e garantiu que serão "exploradas todas as possibilidades".

Todavia, quer o presidente do Eurogrupo, quer o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, quer o diretor do MEE, Klaus Regling, centraram-se na possibilidade de recurso a um instrumento de precaução já existente, uma linha de crédito condicional, que, apontaram, teve bom acolhimento entre a generalidade dos ministros das Finanças, um fator que apontaram ser importante, dado esta questão exigir consensos.

Regling sublinhou a "vantagem competitiva" do MEE, apontando a sua "experiência e capacidade para lidar com crises" e a "capacidade de empréstimo de 410 mil milhões de euros, o equivalente a 3,4% PIB da zona euro", e argumentou que "uma linha de crédito forte serviria para financiar as respostas imediata dos países à crise em áreas como o sistema de saúde e a economia".

"No último Eurogrupo, foi-nos pedido como poderíamos contribuir para uma resposta coletiva a esta crise e, olhando para os instrumentos existentes, a linha de crédito condicional a título de precaução parece-nos a mais adequada ao desafio criado pelo novo coronavírus, particularmente a linha de crédito para condições aprimoradas", disse.

Esta linha de crédito condicional a título de precaução estaria disponível para todos os Estados-membros da zona euro, mas caberia a cada Estado-membro decidir se quer ou não utilizá-la.

"Os fundos disponíveis poderiam chegar até a 2% do PIB dos países, [mas] isto pode ser ajustado tendo em conta a possível continuação da propagação do novo coronavírus e o seu impacto económico", apontou Klaus Regling.

A questão será colocada sobre a mesa dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, que celebrarão na próxima quinta-feira um Conselho Europeu por videoconferência, centrado no reforço da resposta da União Europeia à crise provocada pela pandemia de covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.

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