Sindicato dos bancários quer medidas adicionais para o setor
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) defendeu hoje medidas adicionais para garantir a segurança dos trabalhadores das instituições bancárias no atual período de emergência devido à pandemia de covid-19.
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Economia Covid-19:
"Tendo em conta a evolução da covid-19, o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) pede às instituições bancárias a aplicação de medidas extraordinárias para garantir a segurança dos trabalhadores e evitar a propagação do novo coronavírus", refere o sindicato em comunicado.
O SNQTB enviou hoje uma carta aos Conselhos de Administração das instituições e à Associação Portuguesa de Bancos, um conjunto de recomendações para os trabalhadores do setor bancário.
"Neste período difícil que o país atravessa, o SNQTB reconhece os esforços que os bancos estão a fazer no sentido de mitigar e prevenir riscos, mas consideramos ser necessário adotar medidas que consideramos fundamentais", refere.
O SNQTB apela assim às instituições financeiras que encerrem os balcões nas localidades e regiões que venham a ser consideradas em estado de "calamidade pública" e que limitem o número de elementos das equipas dos balcões de forma a assegurar o distanciamento físico preventivo entre os trabalhadores, optando pelo teletrabalho sempre que possível.
"Encerrar balcões, colocando alguns em quarentena preventiva, nomeadamente em localidades com diversas unidades, durante o tempo que durar o estado de emergência, tal como decorre da necessidade de cumprimento das obrigações legais de assistência a filhos em idade escolar e de teletrabalho, e como medida de prudência e de segurança adicional", refere.
Pedem ainda o reforço da limpeza e desinfeção dos balcões e demais unidades de atendimento a clientes e que se "secundarizem" os objetivos comerciais, face à necessidade de oferecer proximidade, aconselhamento e disponibilidade aos clientes.
"Este não é o tempo de 'conquistar' quotas de mercado ou de garantir outros objetivos comerciais similares", disse.
"Os bancários têm uma elevada noção de serviço público, porém, querem desempenhá-lo, tanto quanto possível, em condições de segurança e sem correr riscos desnecessários num quadro de pandemia", afirma o presidente do sindicato, Paulo Gonçalves Marcos, citado na nota.
Segundo o responsável, o SNQTB, através dos seus órgãos sociais, dos seus serviços centrais, das suas delegações, das suas comissões sindicais, e de outros canais, continuará a manter contacto diário e permanente com os bancários de todo o país, monitorizando a evolução da situação, instituição bancária a instituição bancária, de norte a sul do país.
"Os decisores políticos também têm reconhecido o papel dos bancários na prossecução de serviço público, sendo os balcões essenciais para assegurar a normalidade, possível, de Portugal e os bancários tudo farão para que vigore a normalidade de algumas operações como o levantamento de dinheiro nas caixas automáticas, o funcionamento da rede de terminais de pagamento automático junto dos comerciantes ou o processamento dos pagamentos dos salários, vencimentos e obrigações fiscais das empresas", afirma ainda Paulo Gonçalves Marcos.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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