FMI avisa que Argentina precisa de "alívio substancial" da dívida
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse esta sexta-feira que a Argentina precisa de um "alívio substancial" da sua dívida e instou o Governo do país e os credores privados a negociarem.
© Getty Images
Economia Argentina
"Tendo em conta a capacidade de cumprir a dívida e o peso atual da dívida do país, será necessário um alívio substancial dos credores privados para restabelecer a sustentabilidade da dívida", disse Georgieva em comunicado, pedindo uma negociação que leve a uma alta participação dos credores à operação de reestruturação da dívida.
A já difícil situação económica e financeira da Argentina agravou-se ainda mais com a pandemia da Covid-19.
O novo Governo da Argentina, presidido por Alberto Fernández, tinha previsto comunicar este mês aos credores uma oferta de reestruturação da dívida, mas há agora incertezas devido aos efeitos da Covid-19 na economia mundial e local.
Em finais de dezembro, a dívida bruta da Argentina ascendia a 323.177 milhões de dólares (300 milhões de euros à taxa de câmbio atual).
Ao FMI a Argentina tem uma dívida de 40 mil milhões de dólares (cerca de 37 mil milhões de euros) decorrente do envelope financeiro que este concedeu no último ano e meio, que faz parte de um pacote de 56.300 milhões de dólares acordado em 2018 com o Governo de Mauricio Macri (2015-2019).
A Argentina entrou esta sexta-feira em "isolamento social preventivo e obrigatório", que durará, para já, até 31 de março, para tentar conter o avanço da Covid-19, que soma 128 infetados e três mortes.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com