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Covid-19: Supermercados britânicos começam a racionar produtos

Duas das principais redes de supermercados britânicas começaram hoje a racionar a compra de certos produtos devido ao pânico dos clientes criado pela pandemia de Covid-19.

Covid-19: Supermercados britânicos começam a racionar produtos
Notícias ao Minuto

15:23 - 19/03/20 por Lusa

Economia Covid-19

As lojas Waitrose e Tesco determinaram um limite de até três produtos da mesma categoria, enquanto nos supermercados Sainsbury's foram impostos limites de duas unidades de bens essenciais, como papel higiénico, sabão e leite. 

"Se nos conseguirem ajudar limitando a procura de bens essenciais e nos deixarem concentrar nas necessidades principais dos nossos clientes, estamos confiantes de que vamos conseguir continuar a alimentar o país", apelou o presidente executivo da Tesco, Dave Lewis.

Outras redes, como a Asda, a Aldi e a Morrisons, também introduziram limites e medidas para responder o aumento de procura em "pânico" dos clientes, que deixaram as prateleiras vazias em muitas lojas de produtos como massas, arroz, papel higiénico e ovos. 

Alguns supermercados estão ainda a fechar balcões de café e de comida e a mobilizar os respetivos empregados para conseguir repor os produtos e reagir ao elevado número de encomendas pela Internet. 

Na quarta-feira, o site Ocado, que só opera através da Internet, suspendeu o funcionamento temporariamente "por alguns dias" por ter chegado ao limite da capacidade, com 170 mil entregas ao domicílio marcadas para os próximos quatro dias. 

"Estamos a ter uma quantidade impressionante de tráfego no nosso site e mais procura por produtos e entregas do que podemos oferecer. A nossa prioridade principal deve ser manter o nosso serviço em funcionamento e desempenhar o nosso papel a alimentar o país", afirmou a presidente, Melanie Smith.

Num gesto de preocupação pelas pessoas mais idosas com problemas de saúde, que são mais vulneráveis ao vírus e que foram aconselhadas a evitar contactos sociais, os supermercados Waitrose, Tesco e Sainsbury reservam certas horas para fazerem compras. 

Aproveitando a oportunidade, Jim Gibson, de 72 anos, visitou um supermercado Sainsbury's no sudoeste de Londres e qualificou a experiência "relativamente livre de traumas", tendo encontrado a maioria dos produtos que pretendia, embora tenha dito que muitos dos enlatados "parece que saltaram das prateleiras" e que também não encontrou medicamentos que ele e a mulher de 73 anos queriam.

Entretanto, o Governo levantou restrições aos horários em que os camiões podem fazer entregas às lojas e ao limite de horas que os motoristas podem trabalhar e o ministro do Ambiente, George Eustice, disse estarem em análise mecanismos para fazer chegar comida às pessoas que estejam em isolamento. 

De acordo com os dados públicos disponíveis, o Reino Unido registou até agora 108 mortes entre 2.689 casos. 

O governo britânico decretou o encerramento das escolas públicas em todo o país a partir de sexta-feira e aconselhou as pessoas a não frequentarem bares ou restaurantes para evitar contactos sociais desnecessários. 

Determinou ainda um maior tempo de isolamento para agregados familiares com membros que tenham sintomas, de sete para 14 dias.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram e mais de 85.500 recuperaram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde existe atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

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