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Cabo Verde pode entrar em recessão se o turismo cair perto de 30%

A agência de notação financeira Standard & Poor's considera que a economia de Cabo Verde deverá registar um abrandamento do crescimento económico este ano, que pode mesmo ser negativo em caso de quebra mais acentuada no turismo.

Cabo Verde pode entrar em recessão se o turismo cair perto de 30%
Notícias ao Minuto

15:06 - 19/03/20 por Lusa

Economia Covid-19

De acordo com o relatório da agência de notação financeira sobre o impacto da queda acentuada do turismo nos maiores destinos turísticos mundiais, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, a quebra no crescimento do PIB de Cabo Verde para este ano pode ir de 2,73 pontos percentuais do PIB caso o turismo abrande 11%, até uma queda de 6,71 pontos se o fluxo de turistas cair 27%.

Para este ano, o Banco Africano de Desenvolvimento antecipava, antes da crise da Covid-19, um crescimento de 5%, em linha com a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), e dentro do intervalo apontado pelo Governo (de 4,8% a 5,8% do PIB), que já na semana passada admitia rever estas previsões.

Numa mensagem divulgada no dia 12, o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, que é também ministro das Finanças, lembrou que a "situação que o mundo atravessa terá, certamente, um impacto muito grande na economia cabo-verdiana", profundamente dependente dos mais de 750 mil turistas que recebe anualmente.

O ministro acrescentou que o Governo está a trabalhar "na mobilização de parceiros internacionais", nomeadamente com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), para que se possa "mitigar o efeito do novo coronavírus na economia cabo-verdiana e, sobretudo, nas pessoas".

Embora assumindo que o Governo tem determinação para encontrar soluções para o cenário atual, para "medidas de contingência" de forma a "dar ao país um quadro macroeconómico estável" e "executar os investimentos, ajustando o Orçamento em função desta nova realidade", Olavo Correia deixou o alerta: "Estamos cientes em como, acima dos três anos seguidos de seca que o país enfrenta, o efeito do coronavírus não vai ser fácil".

Na nota, a S&P confirma que "as economias insulares mais pequenas parecem ser as mais expostas a um abrandamento no turismo", como é o caso de Cabo Verde, um dos 16 países que têm receitas superiores a 25% vindas dos turistas internacionais.

Já esta semana a S&P tinha dito que, "em termos relativos, Aruba, Bahamas, Barbados, Cabo Verde e as ilhas Fiji teriam provavelmente as maiores descidas nas métricas de análise de crédito", colocando também Portugal no segundo grupo mais de países mais afetado pela quebra generalizada no turismo mundial.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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