Lucro da Lufthansa cai 44% em 2019 para 1.200 milhões de euros
O lucro da Lufthansa caiu 44% em 2019 para 1.200 milhões de euros, face ao ano anterior, o que se deveu ao aumento do preço do querosene e à concorrência no preços dos bilhetes na Europa.
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Economia Companhia aérea
A Lufthansa, que reduziu na semana passada sua previsão de lucro para 2020 e suspendeu a distribuição de dividendo em 2020 devido ao impacto do novo coronavírus no negócio, refere hoje em comunicado que a faturação aumentou 2,5% em 2019, para 36.400 milhões de euros, na comparação com idêntico período ano anterior.
O lucro operacional, antes de resultados extraordinários, recuou 27,5% em 2019, para 2.030 milhões de euros, face a 2018, o que é justificado pela Lufthansa com a subida dos custos do querosene (combustível para reatores, nomeadamente para aviões), em 600 milhões de euros, e devido ao arrefecimento da economia em alguns países europeus, o que supõe uma margem de lucro de 5,6%.
A Lufthansa referiu ainda que a forte pressão sobre os preços dos bilhetes de avião na Europa penalizou o resultado líquido do ano passado, uma vez que a companhia aérea tinha excesso de capacidade em termos da sua frota.
O comunicado esclarece ainda que o abrandamento e o enfraquecimento do negócio de transporte de mercadorias a nível global também penalizou o resultado líquido no ano passado.
A Lufthansa realçou que investiu 3.600 milhões de euros em 2019, principalmente em novos aviões, contra 3.800 milhões investidos em 2018.
No ano passado, a dívida líquida atingiu os 6.700 milhões de euros (3.500 milhões de euros em 2018) e o pagamento de pensões foi de 6.700 milhões de euros, menos 14%, face ao ano anterior, já que diminuíram os juros pagos nos planos de pensões da companhia aérea alemã.
O presidente do grupo Lufthansa, Carsten Spohr, disse ao apresentar os resultados que "a disseminação do coronavírus levou a economia mundial e a companhia a uma situação excecional até agora nunca vista".
Spohr recusou-se a fazer previsões e disse que espera uma queda nos lucros, que não quis quantificar, porque, no momento atual, "ninguém pode conhecer as consequências desta situação excecional" e que vai obrigar a aplicar medidas "dolorosas e drásticas".
A companhia aérea vai propor à assembleia-geral de acionista a suspensão de distribuição de dividendos relativos a 2020 e disse que garantiu um financiamento de 600 milhões de euros.
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