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Lucros da Ramada caem 88% para 8 milhões de euros em 2019

A Ramada obteve lucros de 8,1 milhões de euros em 2019, uma descida de 88,3% face aos lucros de 69,7 milhões de euros registados em 2018, de acordo com um comunicado enviado hoje ao mercado.

Lucros da Ramada caem 88% para 8 milhões de euros em 2019
Notícias ao Minuto

20:10 - 13/03/20 por Lusa

Economia Ramada

Conforme comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), 2019 foi o "ano mais difícil para o grupo desde a crise de 2009", um contexto que obrigou "a reestruturar o negócio e as equipas bem como a procurar novas soluções em produtos e mercados".

No total, as receitas do grupo foram de 115,02 milhões de euros em 2019, uma descida de 11,1% face aos 129,43 milhões de euros em 2018.

Os custos também desceram, totalizando 99,45 milhões de euros em 2019, um decréscimo de 10,1% em relação aos 110,59 milhões de euros de 2018.

No segmento indústria, o resultado líquido foi de 4,27 milhões de euros, uma descida de 93,6% face aos 66,269 milhões de euros registados em 2018.

"O exercício de 2019 confirmou as incertezas e as empresas da atividade Aços viram-se obrigadas a lidar com o abrandamento do mercado e com a estagnação na procura de mercadorias, produtos e serviços, em muito agravados pela crise no setor dos moldes e ferramentas", pode ler-se no comunicado enviado pela Ramada à CMVM.

A Ramada refere que não se concretizaram as "expectativa de que a indústria automóvel desenvolvesse projetos no âmbito dos carros elétricos e híbridos", referindo ainda que "todas as questões que foram surgindo à volta da indústria automóvel nos últimos tempos trouxeram para discussão uma série de conceitos que semearam mudanças no paradigma da mobilidade".

"Os consumidores passaram a ponderar as suas decisões e a considerar diferentes alternativas, o que contribuiu para perdas no número de veículos (produzidos e adquiridos), bem como grandes incertezas na orientação a seguir a nível produtivo", o que levou a uma "retração do investimento" no setor dos Aços.

Também a atividade de Trefilaria (conversão de metais em fio) "registou uma quebra no volume de negócios face ao ano anterior em resultado da conjuntura menos favorável no mercado do aço e seus derivados".

Já no segmento imobiliário, a Ramada aumentou os lucros em 11,9% de 2018 para 2019, de 3,45 milhões de euros para 3,86 milhões de euros, com as rendas com o arrendamento a longo prazo de terrenos florestais a representar "cerca de 80% to total das receitas" do ramo.

O endividamento da ramada no final de 2019 ascendia a "aproximadamente 31 milhões de euros", mais 10 milhões do que em 2018, conforme comunicado à CMVM.

A comunicação dá ainda conta do surto de Covid-19, considerando "previsível que o impacto que esta situação terá nos mercados" onde a Ramada opera seja "bastante" negativo.

"Estamos convictos que com a capacidade financeira do Grupo Ramada, com o controlo ativo de todas as variáveis que afetam o cash flow operacional, com serenidade e com o empenho de todos ultrapassaremos este período difícil", conclui o comunicado.

A Ramada vai sair do PSI20, principal índice bolsista nacional, em 23 de março, sendo substituída pela Novabase.

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