Greve do 'call center' da Randstad/NOS de Coimbra com adesão de 90%
A greve hoje realizada pelos trabalhadores do 'call center' (centro de atendimento telefónico) da Randstad/NOS de Coimbra teve uma adesão acima dos 90%, anunciou o sindicato do setor.
© Reuters
Economia Randstad
Em comunicado, o Sindicato de Trabalhadores de Call Center (STCC) refere que, além de fazerem greve, os trabalhadores marcharam pelas ruas de Coimbra ao som de palavras de ordem como "NOS e Randstad, basta de precariedade!" e "NOS não somos números".
Os trabalhadores reivindicam "a devolução de um prémio fixo de 200 euros mensais retirado pela Randstad, a efetivação dos trabalhadores que têm mais de três anos de casa, a igualdade de subsídios de alimentação e a melhoria das condições de segurança e higiene no trabalho".
Segundo o sindicato, os trabalhadores propuseram à Randstad a abertura de um processo negocial, após esta ter recusado o seu caderno reivindicativo, apresentado em 21 de janeiro.
"Os trabalhadores voltarão a reunir em plenário em 26 de março para decidir novos passos da sua luta, caso não haja uma resposta favorável da entidade patronal", avisa.
O STCC explica que os trabalhadores em causa "prestam serviço para a NOS de forma permanente através da Randstad", mas "a maioria deles ainda não tem vínculo efetivo nem a uma entidade nem a outra, apesar de trabalhar há mais de três anos na empresa".
Além da redução dos rendimentos devido à retirada do prémio fixo de 200 euros, os trabalhadores queixam-se de que a empresa aumentou os objetivos e a exigência, ameaçou alterar horários e muda "constantemente as fórmulas de cálculo das comissões comerciais, de forma a que os trabalhadores tenham muita dificuldade em recebê-las", acrescenta.
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